quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Um dia de Aula


" Na procura de conhecimentos, o primeiro passo é o silêncio, o segundo ouvir, o terceiro relembrar, o quarto praticar e o quinto ensinar aos outros!"

Uma Partida de Futebol - Dia dos Pais


sábado, 10 de agosto de 2013

Objetivos do esquema corporal:



A construção do esquema corporal, se dá através das sensações que obtemos pelo nosso próprio corpo. É através dele que a criança reconhece as possibilidades cinéticas do seu corpo, por meio de movimentos que o afetem em sua totalidade.

As sensações se dão através do toque, pois ele propicia e favorece o conhecimento do corpo. Por isso, se faz necessário este contato entre você professor e sua aluna de baby class.

Lembrando que o contato muitas vezes, é também com o olhar e através da fala, cuja recepção também trás sensações agradáveis a criança.

Ele ainda contribui para com que a criança reconheça seu corpo como um todo e consiga realizar movimentos independentes e interdependentes, com os diversos segmentos corporais.

Ele ajuda a definir a dominância lateral.

Esquema Corporal e a Imagem Corporal - Baby Class Ballet



É a consciência do corpo como meio de comunicação consigo mesmo e com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.

O esquema corporal ainda contribui para que a criança reconheça seu corpo em seu todo e diferencie cada uma de suas partes por meio do movimento. Isto é o q diferencia o esquema corporal da imagem corporal, pois a criança pode até conhecer seu corpo, onde está localizado membros, cabeça, e tronco, mas não tem noção exata de como é fisicamente. Um exemplo que li em um artigo para exemplificar a imagem corporal distorcida, é a de uma pessoa com anorexia, cuja noção da imagem, não é a mesma com a realidade física do seu corpo.

O esquema corporal é em principio o mesmo para todos, desde que sobre as mesmas condições, exemplo: idade, já imagem corporal é peculiar a cada um, pois ela está ligada ao sujeito e a sua história.

A imagem do corpo é a cada momento a memória inconsciente de todo vivido relacional, podendo ser visual, motora, auditiva, tátil, entre outros, não devendo, portanto ser analisada separadamente ou adotar para cada estrutura um padrão único para avaliação de alterações em todas as estruturas. Toda mudança reconhecível entra na consciência comparando-se com situações já vivenciadas, realizando assim uma avaliação da nova situação que gera uma mudança na imagem corporal.

Para uma comprovação podemos ter como base a teoria de Zona de Desenvolvimento Proximal enunciada por Vygotsky , o qual enfatiza a todo o momento que o aprendizado e o posterior desenvolvimento se da a partir da interação que o indivíduo tem com o meio. Segundo ele a aprendizagem ocorre a partir de um desenvolvimento potencial para um desenvolvimento real. Isso explica a necessidade do indivíduo ter uma imagem corporal que facilite a interação com o meio, sendo de fundamental importância à participação de um sujeito mais experiente para que aquilo que ele consiga fazer hoje com a ajuda do mesmo, num estágio posterior seja capaz de realizar sozinho.

Mediante a isto, é importante reconhecer que a imagem corporal deve estar estruturada o suficiente para que essa relação ocorra através do esquema corporal, que é um facilitador na comunicação, de forma objetiva promovendo uma constante alteração na imagem que a criança possui.

Com isto podemos notar o quão correlacionados estão os dois, o esquema corporal e a imagem corpora. Por isto eles devem ser vistos como um todo, pois assim nós enquanto profissionais que trabalham com os corpos de crianças em processo de desenvolvimento, conseguiremos adquirir uma imagem corporal bem estruturada ao ponto de promover um constante desenvolvimento psicomotor a nossas alunas.

É a consciência do corpo como meio de comunicação consigo mesmo e com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.

O esquema corporal ainda contribui para que a criança reconheça seu corpo em seu todo e diferencie cada uma de suas partes por meio do movimento. Isto é o q diferencia o esquema corporal da imagem corporal, pois a criança pode até conhecer seu corpo, onde está localizado membros, cabeça, e tronco, mas não tem noção exata de como é fisicamente. Um exemplo que li em um artigo para exemplificar a imagem corporal distorcida, é a de uma pessoa com anorexia, cuja noção da imagem, não é a mesma com a realidade física do seu corpo.

O esquema corporal é em principio o mesmo para todos, desde que sobre as mesmas condições, exemplo: idade, já imagem corporal é peculiar a cada um, pois ela está ligada ao sujeito e a sua história.

A imagem do corpo é a cada momento a memória inconsciente de todo vivido relacional, podendo ser visual, motora, auditiva, tátil, entre outros, não devendo, portanto ser analisada separadamente ou adotar para cada estrutura um padrão único para avaliação de alterações em todas as estruturas. Toda mudança reconhecível entra na consciência comparando-se com situações já vivenciadas, realizando assim uma avaliação da nova situação que gera uma mudança na imagem corporal.

Para uma comprovação podemos ter como base a teoria de Zona de Desenvolvimento Proximal enunciada por Vygotsky , o qual enfatiza a todo o momento que o aprendizado e o posterior desenvolvimento se da a partir da interação que o indivíduo tem com o meio. Segundo ele a aprendizagem ocorre a partir de um desenvolvimento potencial para um desenvolvimento real. Isso explica a necessidade do indivíduo ter uma imagem corporal que facilite a interação com o meio, sendo de fundamental importância à participação de um sujeito mais experiente para que aquilo que ele consiga fazer hoje com a ajuda do mesmo, num estágio posterior seja capaz de realizar sozinho.

Mediante a isto, é importante reconhecer que a imagem corporal deve estar estruturada o suficiente para que essa relação ocorra através do esquema corporal, que é um facilitador na comunicação, de forma objetiva promovendo uma constante alteração na imagem que a criança possui.

Com isto podemos notar o quão correlacionados estão os dois, o esquema corporal e a imagem corpora. Por isto eles devem ser vistos como um todo, pois assim nós enquanto profissionais que trabalham com os corpos de crianças em processo de desenvolvimento, conseguiremos adquirir uma imagem corporal bem estruturada ao ponto de promover um constante desenvolvimento psicomotor a nossas alunas.

Baby Class... um olhar diferente




Hoje vou compartilhar um pouco de um artigo que li e que vem de encontro ao que eu sempre questionei em relação ao Ballet para crianças pequenas, o chamado Baby Class.

Neste artigo ela já começa expor seus questionamentos sobre como ensinar o ballet para crianças assim tão pequenas e aponta logo de cara treê barreiras iniciais que se encontram tantos em escolas de Ed Infantil onde o ballet muitas vezes esta presente como atividade extra-curricular e também nas academias de dança:

1° sabemos que muitas das crianças que ali estão foram incitadas por seus pais, e por isso não sabemos o quanto realmente elas desejam a prática;

2° o ballet é para elas e deve ser, levando em consideração todas as teorias educacionais atuais, até os 8 anos uma brincadeira, porém isso torna difícil ensiná-lo como tradicionalmente foi aprendido.

A 3° possível barreira é a comum expectativa de que o ballet disciplina. Muitos pais colocam suas filhas no ballet para que sejam disciplinadas e graciosas. Porém, lidamos com novos padrões de educação que também divergem das tradicionais e rígidas formas de ensinar ballet.

Achei muito interessante os apontamentos das barreiras, e se analisarmos, todos com muita coerencia.

Vivencio o primeiro na prática dentro da minha própria casa, desde a barriga já diziam q minha filha faria ballet; e assim foi até há pouco tempo atrás ela decidiu aos seis anos e meio que n gostava de ballet! Imagina o choque que foi, pois todos e inclusive eu sempre achamos que além de levar jeito, ela ainda gostava, pois vive a dançar e coreografar suas próprias músicas, rodopiando pela casa o tempo todo. O que fiz, tentei convencê-la, até coloquei em uma escola em que n trabalhava, mas n adiantou. Então resolvi que n preciso ter uma filha bailarina para seguir meus passos. Não vou forçá-la. Se um dia ela decidir q quer voltar conversaremos.
o que ela quer hoje é cantar! Ser cantora!! compramos um violão e esta aprendendo, e vira e mexe a pego cantando, tocando e dançando suas próprias coreografias.

Infelizmente ñ é sempre assim que os pais agem, muitas vezes e isto também já presenciei, pais e professores se afobam em iniciar as crianças e assim, acabam correndo o risco de uma potencial especialização precoce ou desestímulo das crianças pela atividade logo nos primeiros anos de prática.

Outra barreira que ela aponta é o fator do ensino tradicional, pois sabemos que ainda existe professores que prezam a forma tradicional de ensino, e muitas vezes acabam expondo a criança à rígida reprodução da técnica e de seu modo de aprendizado e mais uma vez concordo com ela quando diz:

" muitas vezes os professores desprezam o que eu considero ser um dos porquês de se ensinar ballet para crianças pequenas: outros conhecimentos (vivencias corporais) que a criança deve obter na sua infância. E sei que aqui, alguns podem me questionar dizendo que esses outros conhecimentos o professor de educação física deve passar. Defendo minha idéia de duas formas: o que nós somos se não educadores físicos da prática da dança- especificamente o ballet? e, muitas dessas crianças, possivelmente mais da metade, só terão o ballet como prática nos 7 primeiros anos de vida o que nos incumbe de auxiliá-las para que tenham uma formação motora, cognitiva e social o mais saudável possível" (S.B.M,2011)

É por isto que acredito, assim como a autora no artigo, numa necessidade sim de adequações didáticas e metodológicas para o ensino do baby class ballet.

Devemos enquanto professores e educadores estar diariamente acompanhando os estudos mais recentes na área do desenvolvimento cognitivo, motor e sócio-afetivo do ser humano, especialmente aqueles que ressaltam as diferenças entre crianças e adultos.

Sendo assim, as principais implicações da dança para crianças se dão na formação do entendimento do esquema corporal, entendendo-se que esquema corporal é construído pela integração de tudo que o ser humano apresenta e pode ser trabalhado. Para isso, o professor deve propor “exercícios pertinentes” a fim de auxiliar na construção do esquema corporal da criança. Levando em consideração algumas linhas psicomotoras, isso significa representar, organizar e orientar de forma analítica (destrezas corporais) e sintética (imaginação, dramatização, construção de personagens-), tudo de forma lúdica que é a maneira mais pertinente de chegar até à criança.

É também necessário desenvolver trabalhos que visem à formação da imagem corporal, que são as impressões do sujeito a partir de seus desejos, baseando-se nas experiências sensoriais, nas relações com as outras pessoas e na imagem que se estrutura no convívio com seus familiares.

...Se o corpo for considerado apenas uma máquina de nervos e músculos que aprende o que lhe é ensinado, serão utilizadas técnicas e receitas padronizadas (...) A dança corre o risco de robotizar a criança (...) mas também pode se tornar um veículo de transformação, auxiliando o sujeito a ter desejos para poder fazer, saber fazer (...) construindo imagens com significado.

Deve-se então ressaltar a importância do trabalho que é feito com as crianças nesse âmbito, pois não há um consenso de como se deve ensinar o ballet para crianças entre 3 e 8 anos de idade.

Por isto devemos sim escolher e estudar uma metodologia para ensinar ballet para as crianças pequenas. Pois o que vemos muitas vezes, principalmente aqui no Brasil, dar aula para o Baby Class acaba sendo um caminho natural no início da vida profissional do bailarino. Alunos mais avançados se transformam em professores, como se pouca maturidade artística e pedagógica não fosse relevante em se tratando de um trabalho com crianças .
Por isto não estranho quando vejo alguma apresentação ou aula de baby pelo Brasil afora, sendo conduzidas como recreação ou expressão baseadas na reprodução do movimento através da imitação e repetição de gestos técnicos, e complementando isto brincadeiras sem significado algum, para dizerem que estão desenvolvendo a ludicidade em suas aulas.


Triste, mas não menos cruel com nossas pequenas!

Em um outro momento do artigo:

“[...] temos consciência de que somos responsáveis pelas marcas positivas e /ou negativas deixadas em nossas crianças durante a formação do corpo- sujeito, no ensino da dança?”E eu pergunto mais: temos noção de que podemos contribuir ou não para formar um corpo-sujeito consciente?

“[...] um corpo na dança não pode ser visto somente como veículo de transmissão de uma linguagem, pois esse corpo possui um passado e desejos futuros.” (F.R,2005)

É preciso desapegar ao velho, ao tradicional, mudar. Toda mudança requer sim tempo e aceitação. O processo é lento, mas nem por isto temos que nos prender a métodos muitas vezes não condizentes com as crianças brasileiras.

Já percebo neste dois anos de Loja e também com o blog e meus textos, o quanto os profissionais que trabalham com crianças buscam alternativas para deixarem suas aulas mais atrativas e prazerosas tanto para as pequenas quanto para nós mesmas.

E vamos sim conquistar um novo patamar no ensino do ballet para criança, contemplando a busca da informação e a troca de experiencia para contemplar cada dia mais as nossas pequenas grandes bailarinas!♥

A importância do Imaginário Infantil na Aula de Baby Class:



A construção do imaginário é histórica, cultural e também ideológica, é preciso tomar cuidado para não naturalizar a infância, não se pode esquecer que esta também participa do coletivo social, esta infância é um dos momentos em que se pode observar uma intensa produção.

Vygotsky destaca em seu livro, a formação social da mente que:

"Em estudos experimentais sobre o desenvolvimento do ato de pensar em crianças em idade escolar, tem se admitido que processos como dedução, compreensão, evolução das noções de mundo, interpretação da casualidade física, o domínio das formas lógicas de pensamento e o domínio da lógica abstrata ocorrem por si mesmas, sem nenhuma influencia do aprendizado escolar."

Entende-se que segundo o autor, a maturação de uma criança, bem como o seu desenvolvimento, são vistos como pré-condição de aprendizado e não um resultado, ou seja, o aprendizado gera uma base sobre o desenvolvimento, deixando então este último inalterado.

Para se trabalhar na construção do imaginário é preciso pesquisar e ter clareza com que tipos de infâncias estamos trabalhando. A criança em si não é uma tábula rasa.

A literatura e os contos de fadas ajudam na formação da criança, favorecendo o seu desenvolvimento psíquico, além de auxiliar na formação do seu caráter. Ao ouvi-los, elas absorvem destas narrativas lições que contribuirão para o seu desenvolvimento.

Segundo Vygotsky, quando a criança reproduz o comportamento social de um adulto em seus jogos está fazendo uma combinação do real com sua ação fantasiosa, isto porque a criança tem como necessidade a reprodução do cotidiano do adulto, o qual ainda não pode fazer como gostaria.

Busca em seu faz de conta obter conhecimentos antecipados do mundo ao seu redor.


Nas aulas de Baby Class nós professores podemos proporcionar uma fase muito rica para a criança, com atividades que remetam o uso do imaginário, como por exemplo o uso da leitura de um conto de fadas ou mesmo um Ballet de Repertório, onde elas além de escutar a história ou ver através de videos, poderão interpretar brincando tais personagens tão sonhados como: a princesa Aurora de A Bela Adormecida; Coppélia a boneca engraçada que vive sentada em sua cadeira na varanda da casa do sr Coppelius; As Fadas, Ninfas, Willis de tantos Ballets Românticos, etc.

É uma fase em que a criança praticamente sonha acordada, está inventando e descobrindo coisas.

Por isto nós professores de Baby Class, que também somos responsáveis pelo desenvolvimento das nossas alunas, é de suma importância que neste momento, estejamos cercados de ferramentas e recursos que irão aprimorar os conhecimentos delas, aguçando ainda mais a curiosidade, incentivando-as.

Esta fase é propicia para que nós professores proporcionemos um cenário perfeito que contribuirá para que se façam construções no imaginário das nossas alunas, levando-as a movimentos de mudanças e descobertas, instigando-as a criticarem e argumentarem, favorecendo o ambiente de aprendizagem.