quinta-feira, 3 de setembro de 2009

1 de Setembro!!! Coincidencia ou não!!! Mas este com ctz é o meu dia!!!



Data mais q especial pra mim... Dia do Educador Fisico... Dia da Bailarina... e Aniversario da Minha Filha Maria Clara... vê se pode ser uma coisa desta a menininha nascer nos dias em q comemoro as minhas 2 profissoes... coincidencia ou não, ela tb ama td isto!!!

PRABÉNS A TDS EDUCADORES FISICOS... BAILARINOS E BAIALRINAS E A MINHA LINDA MARIA CLARA PELOS 3 ANINHOS FAZENDO DA MINHA VIDA O DIFERENCIAL!!!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Danças Folcloricas do Brasil

Danças Folcloricas do Brasil


Desde a mais alta antiguidade, a dança esteve sempre presente. Entre os povos não letrados existe uma série de danças, como as de caça, de máscaras, guerreiras, nupciais, de iniciação, fúnebres, medicinais, de colheitas, religiosas, lúdicas, etc.

As danças folclóricas existem em quase todos os países do mundo. Muitas delas são ligadas a manifestações de culto. Outras evocam fatos épicos, acontecimentos dignos de serem periodicamente rememorados como exemplos de coesão social. Outras servem de atos propiciatórios, ou a tarefas de trabalho coletivo, ensinando a alegria da cooperação. De qualquer maneira, apresentam incomparável valor folclórico, visto que conjugam os mais diversos aspectos da vida cotidiana, associando a música ao gesto, à cor, ao ritmo, ao sentido lúdico e utilitário, à graça dos ademanes e aos atributos da resistência física em manifestações de saúde, alegria e vigor.
A dança, pode-se dizer, é um fato folclórico completo, pois possui todas as suas principais características. É a manifestação espontânea de uma coletividade, sendo portanto coletiva e aceita pela sociedade onde subsiste. Tem como cenário normal as ruas, largos, praças públicas e possui estruturação própria através da reunião de seus participantes e ensaios periódicos. As danças brasileiras, não só pela quantidade e variação, como pela sua freqüência, são as expressões mais fiéis de nosso espírito musical.
Elas podem ser classificadas coreograficamente, conforme o número de participantes, em: solistas, quanto existe um só dançador, como no frevo; de par enlaçado, como a valsa; de par solto, como a chimarrita, podendo haver aquelas em que o par se enlaça e se separa conforme as marcações, ex.: ciranda, quadrilha.
Algumas danças, como as primitivas, são de roda, pois nelas os participantes fazem roda, ficando o dançador ou o par no centro, como no caso do samba de roda ou batuque. Existem ainda as que, sendo de par, os pares giram em roda, no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, como o jongo. Existem também as de fileiras em que os dançadores se colocam uns atrás dos outros em duas filas que se defrontam, como na dança de São Gonçalo.

Podem ainda serem classificadas pela motivação:
Religiosas: Santa Cruz, São Gonçalo, Cururu.
Funerárias: Axexê.
Mímicas: quando os dançadores imitam alguma coisa.
Lúdicas: como as danças de roda das crianças.
Profanas: Fandango, Quadrilha, Jongo, Batuque, Coco.
Guerreiras: como Congada, Mouros e Cristãos.
Dramáticas: Cheganças, Maracatu, sendo algumas também de cortejo.

Quanto a sua movimentação:tranqüilas, agitadas e frenéticas, sendo do último tipo as danças mágico-religiosas dos ritos primitivos, com os do candomblé.

As danças folclóricas geralmente são acompanhadas por instrumentos ou conjuntos instrumentais e por palmeados e sapateados, sendo que em algumas delas enquanto se canta não se dança e noutras os tocadores não dançam.

Falando sobre algumas Danças Flocloricas:




Balainha ou dança dos Arcos Floridos:

"Quero ver, quero ver..
quero ver, quero virar
quero ver a balainha
do jeito que vai ficar!"

Conhecida também com o nome de Arcos Floridos ou Jardineira, a Balainha é desenvolvida com os pares de dançantes (sempre mulheres), cada um deles, sustentando um arco florido.
Balainha é uma dança observada no litoral dos estados do Paraná e Santa Catarina, tanto de forma autônoma, no ciclo junino (antes da apresentação do Pau-de-Fitas), quanto dando abertura à dramatização do Boi de Mamão.
No início, os pares em fileiras fazem movimento ondulante passando, ora por cima ora por baixo dos arcos dos demais pares; formam depois grupos de quatro pares que, em círculo, intercruzam seus arcos no alto, armando assim as “Balainhas”. Nessa posição dão voltas completas para a direita e depois para a esquerda.Ao final desmancham as “balainhas” e retornam à posição inicial, com movimentos sincronizados e seqüenciais.
Essa dança geralmente é apresentada por um grupo de moças e muito requisitada por sua atraente coreografia, que com seus arcos floridos colori nossos sonhos e abre os caminhos para trazer novas esperanças de vida.
Balainha, assim como a Dança Pau-de-Fitas é de origem européia trazida para o Brasil pelos portugueses. O objetivo dessa tradição, muito generalizada pela Europa, era atrair o frutificante espírito da vegetação, recém-desperto pela primavera. Tais apresentações não constituíam simples dramas simbólicos ou alegóricos, peças pastoris destinadas a divertir como as que hoje acontecem, mas eram sortilégios destinados a fazer com que a floresta verdejasse, a relva dos pastos crescesse, o milho fosse abundante e as flores despontassem.


Batuque:




Batuque era uma dança que compunha um ritual de fertilidade, que veio para o Brasil no período colonial junto com os negros africanos.

Nessa época, os portugueses consideravam batuque qualquer tipo de dança praticada pela comunidade negra. Na região Norte, o Batuque enraizou-se principalmente no Pará e no Amazonas, onde a palavra "batuque" também serve para designar práticas religiosas afro-brasileiras.
Hoje, no Rio Grande do Sul, o batuque é conhecido como uma cerimônia religiosa muito semelhante ao candomblé baiano ou a macumba carioca e paulista. Já no estado de São Paulo é dança de terreiro, onde estão presentes os membranofônicos: tambu, quinjengue ou mulemba, e os idiofônios: matraca e guaiá. A região batuqueira paulista localiza-se no vale do Médio Tietê, abrangendo alguns municípios como Tietê, Porto Feliz, Laranjal, Pereiras, Capivari, Botucatu, Piracicaba, Limeira, Rio Claro, São Pedro, Itu, Tatuí. Em Campinas era chamado caiumba, segundo registros de Carlos Gomes.
Em Botucatu, até 1920 havia os batuques no Largo do Rosário, no dia 13 de maio. Em São Carlos ficaram famosos os batuques do Cinzeiro, o bairro da Bola Preta, por causa da população negra e pobre que ali residia.

Como é a Dança?

Dança de terreiro com dançadores de ambos os sexos, organizados em duas fileiras. Estão separadas uma da outra cerca de 10 a 15 metros, espaço no qual dançam.
A coreografia apresenta passos com nomes específicos: "visagens" ou "micagens", "peão parado" ou "corrupio", "garranchê", "vênia", "leva-e-traz" ou "cã-cã". Os passos são executados por pares soltos que, saindo em fileiras, circulam livremente pelo terreiro. Mas, o elemento principal da coreografia é a "umbigada", ou seja, quando o ventre da mulher bate à altura do ventre do homem. Os dançadores dão passos laterais arrastados, depois levantam os braços e, batendo palmas acima da cabeça, inclinam o corpo para trás e dão vigorosas batidas com os ventres. Esse gesto é repetido ao fim de todos os passos. No batuque não há batidas de pés e um batuqueiro não dança sempre com a mesma batuqueira. Após três umbigadas procura batucar com outra
No encerramento do batuque a dança saideira é o "leva-e-traz". O cavalheiro faz vênia, não dá "batidas" ou umbigadas, vai levar a dama no seu lugar inicial.
Um batuqueiro "modista" faz "poesia" ou "décima". Outras vezes, cantando em determinada "linha", em dado momento quanto os demais encontram uma boa trova, "suspendem o ponto" e começam a repetir aquela quadra ou "linhada dupla de versos". A consulta coletiva é finda quando "levantam o ponto" ou "sustentam", isto é, quando começam a repetir a melodia e palavras. A consulta coletiva é sempre feita em frente do instrumento fundamental do batuque, que é o tambu. O grupo de homens é levado pelo "modista" até onde estão as mulheres. Essas aprendem logo a melodia e palavras. Quando "afirmam o ponto", ou seja, decoram, repetindo texto e música, o primeiro a dar umbigada é o "modista'. Os demais batuqueiros começam a dançar. Dão umbigadas sempre presos ao ritmo do tambu. Quinjengue e matraca são tocados freneticamente. Os batuqueiros dão três umbigadas, voltando aos seus lugares primitivos. Agora são as mulheres que vêm onde estão os homens para dar umbigadas. Um ponto é cantado e dançado durante 10 a 20 minutos.
Como é uma dança ritual de procriação, não é permitido que o pai dance com a filha, porque é 'falta de respeito dar umbigada", então executam movimentos que nos fazem lembrar a coreografia da "grande chaîne" (grande corrente) do bailado clássico.
É pecado dançar nos seguintes casos: pai com filha, padrinho com afilhada, compadre com comadre, madrinha com afilhado, avó com neto ou batuqueiro jovem. Se, por descuido, um batuqueiro bate uma umbigada na afilhada, essa lhe diz:

-"A bênção padrinho!".

O padrinho então vem lhe dando as mãos alternadamente até perto da fileira onde estão os batuqueiros, sem batucar.

Cacumbi
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Cacumbi, Ticumbi, ou Catumbi, os nomes são variados para a manifestação afro-brasileira que acontece no Estado de Santa Catarina e Espírito Santo, entre os meses de setembro e dezembro e cujo momento maior acontece nos dias de Natal. Seria uma variante das congadas cultivadas no sul do Brasil. A dança é realizada em homenagem aos padroeiros negros São Benedito e Nossa Senhora do Rosário.
Atualmente, apenas um grupo, o Catumbi de Itapocu, ainda mantém a tradição. Santa Catarina já teve o Cacumbi do Capitão Amaro, em Florianópolis, e, segundo membros da comunidade negra, um outro grupo, o de Matias Sartiro Senhorinho, de Biguaçu (Grande Florianópolis) teria sido desfeito na década de 1950, com a morte do líder, com cerca de 70 anos. Durante as décadas de 30 e 40, conforme relatou o capitão Amaro à historiadora Telma Piacentini, havia encontros de disputa de trovas entre vários grupos da Grande Florianópolis.
O grupo quando se apresenta, veste longas batas brancas e rendadas, com traspasse de fitas coloridas, calças compridas brancas, com friso lateral vermelho, ou sem este; na cabeça, amarram um lenço branco, todo enfeitado de flores de papel de seda e fitas longas de várias cores. Alguns colocam sobre o lenço um chapéu de palha também enfeitado com fitas e flores. Os reis trazem coroas de papelão, ricamente ornamentadas com papel dourado ou prateado, peitoral vistoso com espelhinhos e flores de papel brilhante, capa comprida de adamascado ou de cetim lamê e, na mão ou na cinta, longa espada do “tempo do Império”. Os dois secretários ou sacratários diferenciam-se dos "congos" por portarem capa e espada como seus reis. As duas cores escolhidas pelos reis para sua corte variam. O vermelho quase sempre está presente em alguma das cortes, por ser uma cor forte e realçar os mantos reais.
A dramatização do auto é simples: dois reis negros (Bamba e Congo) querem fazer, cada qual e separadamente, a festa de São Benedito. Há embaixadas de parte a parte, com desafios atrevidos, declamados pelos secretários, que servem de "embaixadores". Por não ser possível qualquer acordo ou conciliação, trava-se a guerra , ou melhor, as guerras de luta bailada entre as duas hostes rivais. Dança-se, então, a Primeira guerra de "reis" Congo ou "guerra sem travá" e, depois, a "guerra travada". Desta última participam os dois reis que, no meio da roda dos "congos", batem as espadas cadenciadamente, junto com seus secretários também empenhados no combate. Vencido, afinal, o rei Bamba, submete-se este e seus "vansalos" ao batismo, terminando o auto com festa em honra ao rei Congo, quando, então, se canta e se dança o Ticumbi, que dá nome à representação. O Ticumbi tem o intuito nitidamente visível: conversão e batismo dos pagãos.
Outro aspecto importante da dança do cacumbi é a coroação do rei e da rainha. Essa representação é feita num palco ou salão, pois traduz simbolicamente as coroações de reisados africanos. O rei se apresenta acompanhado da rainha e dos pagens coroados, com mantos ricamente bordados, e a faixa indicando o nome da nação. Os soberanos ocupam os tronos, ficando ao seu lado os pagens e uma dama da corte com a bandeira de Nossa Senhora do Rosário, protetora dos homens de cor.
O capítão dá início à cerimônia da coroação cantando os diversos alusivos ao ato. As danças da coroação são prolongadas com movimentos coreográficos elaborados e versos contando a história das nações guerreiras disputantes dos domínios territoriais. No encerramento, faz-se a despedida com a "meia-lua", quando o grupo desfila entoando:

"Deus esteja aqui

Que me quero arretirar

Senhor dono da casa

Já é hora de marchar".

Catira

A Catira tem sua origem muito discutida. Alguns dizem que ela veio da África junto com os negros, outros acham que é de origem espanhola, enquanto estudiosos afirmam que ela é uma mistura com origens africana, espanhola e também portuguesa – já que a viola se originou em Portugal, de onde nos foi trazida pelos jesuítas.
Diversos autores nos contam que a catira (ou cateretê) no Brasil, é conhecida desde os tempos coloniais e que o Padre José de Anchieta, entre os anos de 1563 e 1597, a incluiu nas festas de São Gonçalo, de São João e de Nossa Senhora da Conceição, da qual era devoto. Teria Anchieta composto versos em seu ritmo e a considerado própria para tais festejos, já quer era dançada somente por homens, fato que se observa, ainda hoje, em grande parte do país. Atualmente, ela é dançada também por homens e mulheres ou só por mulheres.
Catira ou Cateretê é uma dança genuinamente brasileira.
O Catira ou Cateretê é conhecido e praticado, largamente, no interior do Brasil, especialmente nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e, também, em menor escala, no Nordeste.

Como se dança:

A Catira em algumas regiões é executada exclusivamente por homens, organizados em duas fileiras opostas. Na extremidade de cada uma delas fica o violeiro que tem à sua frente o seu “segunda”, isto é, outro violeiro ou cantador que o acompanha na cantoria, entoando uma terça abaixo ou acima. O início é dado pelo violeiro que toca o “rasqueado”, toques rítmicos específicos, para os dançarinos fazerem a “escova”, bate-pé, bate-mão, pulos. Prossegue com os cantadores iniciando uma moda viola, com temática variada em estilo narrativo, conforme padrão deste gênero musical autônomo. Os músicos interrompem a cantoria e repetem o rasqueado. Os dançarinos reproduzem o bate-pé, o bate-mão e os pulos. Vão alternando a moda e as batidas de pé e mão. O tempo da cantoria é o descanso dos dançarinos, que aguardam a volta do rasqueado.
Acabada a moda, os catireiros fazem uma roda e giram batendo os pés alternados com as mãos: é a figuração da “serra abaixo”, terminando com os dançarinos nos seus lugares iniciais. O Catira encerra com Recortado: as fileiras, encabeçadas pelos músicos, trocam de lugar, fazem meia-volta e retornam ao ponto inicial. Neste momento todos cantam uma canção, o “levante”, que varia de grupo para grupo. No encerramento do Recortado os catireiros repetem as batidas de pés, mãos e pulos.

COREOGRAFIA (segundo Rossini Tavares de Lima)

Rossini Tavares de Lima, em seu livro "Melodia e Ritmo no Folclore de São Paulo", apresentada a coreografia da Catira assim:
"Para começar o Catira, o violeiro puxa o rasqueado e os dançadores fazem a "escova", isto é, um rápido bate-pé, bate-mão e seis pulos. A seguir o violeiro canta parte da moda, ajudado pelo "segunda" e volta ao "rasqueado". Os dançadores entram no bate-pé, bate-mão e dão seis pulos. Prossegue depois o violeiro o canto da Moda, recitando mais uns versos, que são seguidos de bate-pé, bate-mão e seis pulos. Quando encerra a moda, os dançadores após o bate-pé- e bate-mão, realizam a figura que se denomina "Serra Acima", na qual rodam uns atrás dos outros, da esquerda para a direita, batendo os pés e depois as mãos. Feita a volta completa, os dançadores viram-se e se voltam para trás, realizando o que se denomina "Serra Abaixo", sempre a alternar o bate-pé e o bate-mão. Ao terminar o "Serra Abaixo" cada um deve estar no seu lugar, afim de executar novamente o bate-pé, o bate-mão e seis pulos".
O Catira encerra-se com o Recortado, no qual as fileiras trocam de lugar e assim também os dançadores, até que o violeiro e seu "segunda" se colocam na extremidade oposta e depois voltam aos seus lugares. Durante o recortado, depois do "levante", no qual todos levantam a melodia, cantando em coro, os cantadores entoam quadrinhas em ritmo vivo. No final do Recortado, os dançadores executam novamente o bate-pé, o bate-mão e os seis pulos."

Ciranda

A Ciranda não é só divertimento de crianças, é também uma dança de roda de adultos, de origem portuguesa, que apareceu no litoral norte de Pernambuco e que parece ter sido adaptada e recriada pelas mulheres dos pescadores que esperavam o retorno de sue maridos, cantando e dançando. Os passos, envolvidos por canções suaves e melódicas que lembram mantas populares, imitam os movimentos do oceano e parecem ser embalados por suas ondas.
É dançada em círculos, que, geralmente, giram somente para um lado. Se a roda gira para a esquerda, coloca-se o pé esquerdo atrás e à frente. Em seguida, o direito dá um pulino ou avança para o lado, complementando o passo. Mesmo com a dança apresentando passos característicos como a onda, o saci, a espuma, a marola, o ciscadinho e a concha ou vírgula, dentre outros, são infinitas as possibilidades de improvisação. O mestre ou a mestra improvisam algum refrão e são acompanhados pelos demais dançarinos, que o repetem e criam mais movimentos.
Uma das cirandeiras de Pernambuco muito conhecida é a Lia de Itamaracá. Segundo ela, "a ciranda acompanha as ondas do mar, sempre com o pé esquerdo".
A Ciranda surgiu também, simultaneamente, em áreas do interior da Zona da Mata Norte deste Estado.
Há várias interpretações para a origem da palavra ciranda, mas segundo o Padre Jaime Diniz, um dos pioneiros a estudarem o assunto, vem do vocábulo espanhol zaranda, que significa instrumento de peneirar farinha e que seria uma evolução da palavra árabe çarand.
Ciranda é uma dança comunitária que não tem preconceito quanto ao sexo, cor, idade, condição social ou econômica dos participantes, assim como não há limite para o número de pessoas que dela podem participar. Começa com uma roda pequena que vai aumentando, a medida que as pessoas chegam para dançar, abrindo o círculo e segurando nas mãos dos que já estão dançando. Tanto na hora de entrar como na hora de sair, a pessoa pode fazê-lo sem o menor problema. Quando a roda atinge um tamanho que dificulta a movimentação, forma-se outra menor no interior da roda maior. A música é executada por um grupo denominado “terno”, colocado no centro da roda, tocando instrumentos de percussão (bumbo,tarol, caixa, ganzá) e de sopro (pistons e trambone). As canções são tiradas pelo mestre-cirandeiro e respondida pelo coro dos demais, têm temáticas que refletem a experiência da vida: na zona cafeeira canta-se o engenho, o eito, a safra; na zona litorânea, os coqueiros, as praias, as canoas, os pescadores, as sereias, o vento; o amor, porém, é tema constante, sob várias formas: moça, beijo, casamento, abraço, “cheiro”, etc.
Não possui calendário fixo: é dança de um tempo ou dia qualquer. E vista por ocasião de casamentos, batizados e festas em geral.

Frevo



O frevo é uma dança popular que distingue-se da marcha em geral, e da marcha carioca em particular, pelo ritmo muito mais rápido, freqüentemente sincopado, obrigando a movimentos que chegam a paroxismos frenéticos e lembram, por vezes, o delírio.

Embora esteja presente em todo o Nordeste, é em Pernambuco que o Frevo adquire expressão mais significativa. Segundo algumas opiniões, o frevo pernambucano nasceu da polca-marcha, já na introdução sincopada em sesquiálteras. Atribui-se a criação do novo ritmo ao capitão José Lourenço da Silva, ensaiador das bandas da Brigada Militar de Pernambuco. A data do aparecimento do frevo parece estar estabelecida, com certeza, entre os anos de 1909 e 1911.

Dança individual que não distingue sexo, faixa etária, nível sócio-econômico, o frevo freqüenta ruas e salões no carnaval pernambucano, arrastando multidões num delírio contagiante. As composições musicais são a alma da coreografia variada, complexa e acrobática. Dependendo da estruturação musical, os frevos podem ser canção, de bloco ou de rua. Os chamados frevos de rua são aqueles que conferem entusiasmo aos dançadores. Compreendem duas partes: a “Introdução” e o “Piano”. Na primeira, há predominância do ritmo sobre a linha melódica. É plena de síncopes e acentos que provocam a adesão ao “passo”. O “Piano”, que pretende ser um descanso dos dançarinos, tem uma linha melódica simples executada em saxofones, quase desacompanhada do contracanto e dos toques sincopados dados nos pistons e trombones. O “passo” é variado e recebe denominações específicas determinadas pelo gesto: Chão de barriguinha, Parafuso, Dobradiça, Saca-rolhas, Corrupio, Locomotiva, entre outros.
Outro elemento complementar da dança, o passista à conduz como símbolo do frevo e como auxílio em suas acrobacias. A sombrinha em sua origem não passava de um guarda-chuva conduzido pelos capoeiristas pela necessidade de ter na mão como arma para ataque e defesa, já que a prática da capoeira estava proibida.
Este argumento baseia-se no fato de que os primeiros frevistas, não conduziam guarda-chuvas em bom estado, valendo-se apenas da solidez da armação. Com o decorrer do tempo, esses guarda-chuvas, grandes, negros, velhos e rasgados se vêm transformados, acompanhando a evolução da dança, para converter-se, atualmente, em uma sombrinha pequena de 50 ou 60 centímetros de diâmetro.
Também como elemento imprescindível em algumas danças folclóricas, o vestuário que se precisa para dançar o frevo, não exige roupa típica ou única. Geralmente a vestimenta é de uso cotidiano, sendo a camisa mais curta que o comum e justa ou amarrada à altura da cintura, a calça também de algodão fino, colada ao corpo, variando seu tamanho entre abaixo do joelho e acima do tornozelo, toda a roupa com predominância de cores fortes e estampada. A vestimenta feminina se diferencia pelo uso de um short sumário, com adornos que dele pendem ou mini-saias, que dão maior destaque no momento de dançar.
O frevo pernambucano se difundiu pelo Brasil graças à migração de antigos frevistas e de maestros de banda de música, compositores e executores no carnaval de Recife. No município do Rio de Janeiro há clubes de frevo, a maioria deles organizada segundo padrões de seus congêneres pernambucanos.
Nas suas origens o frevo sofreu várias influências ao longo do tempo, produzindo assim variedades COMO:

O FREVO-RUA

O frevo-de-rua é exclusivamente instrumental, sem letra. É feito unicamente para se dançar. Este estilo tem as modalidades de frevo-abafo (predominância de instrumentos de metal), frevo-coqueiro (com notas agudas) e frevo-ventania (semicolcheias).

O FREVO-BLOCO

O frevo-de-bloco é executado por Orquestras de Pau e Corda, com violões, banjos e cavaquinhos. Suas letras e melodias, muitas vezes interpretadas por corais femininos, geralmente trazem um misto de saudade e evocação.

O FREVO-CANÇÃO

O frevo-canção foi tido como uma concessão provocada, segundo o jornalista Ruy Duarte. Em 1931, os compositores pernambucanos Raul e João Valença (irmãos Valença), enviaram para a RCA, no Rio de Janeiro, seu frevo-canção com o estribilho "O teu cabelo não nega mulata...", o compositor carioca Lamartine Babo transformou-o em marchinha carnavalesca que venceu o carnaval de 1932, sob o nome de "O teu cabelo não nega". Os editores da música no Rio de Janeiro foram processados na justiça pelos Irmãos Valença e no selo do disco passou a constar: "Marcha - Motivos do norte - Arranjo de Lamartine Babo".
Os pernambucanos reagiram ao que os cariocas faziam com suas músicas e lhes mandavam de volta, e decidiram enviar ao Rio um maestro pernambucano para ensinar aos músicos cariocas como deveriam usar a matéria prima musical que seria logo transformada em produto industrial sob a forma de disco. Fervorosos do frevo do Recife pressentiram o perigo dessa concessão cultural.
Existiam os amantes do frevo ortodoxo que eram ligados a clubes carnavalescos tradicionais como o Vassourinhas, e que incorporaram o frevo-canção sob forma de marcha-regresso, um frevo lamentoso cantado nas madrugadas pelos passistas cansados quando voltavam para casa, como o belíssimo: "Se essa rua fosse minha / eu mandava ladrilhar / com pedrinhas de brilhante / para o meu amor passar...".
E foi um frevo-canção lamentoso, também chamado de frevo de bloco, que devolveu aos cariocas a invasão que fizeram no Recife com "O teu cabelo não nega", quando em 1957 o maior sucesso no Rio de Janeiro foi o frevo-canção "Evocação n°1", de Nélson Ferreira.
A partir da década de 60 o ritmo do frevo foi incorporado aos temas dos 'trios elétricos' da Bahia usados para fazer o povo dançar e ferver, ou pular como 'pipoca' seguindo os carros de som, todos cantados, destacando novos autores, com destaque para Moraes Moreira.

ALGUNS “PASSOS”

Dobradiça:

O passista se curva para frente, cabeça erguida, flexionando as pernas, apoiado apenas sobre um dos pés, arrasta-o subitamente para trás, substituindo o pé pelo outro. E assim por diante. Este jogo imprime ao corpo uma trepidação curiosa, sem deslocá-lo sensivelmente.

Parafuso ou saca-rolhas:

O passista se abaixa rápido, com as pernas em tesoura aberta e logo se levanta, dando uma volta completa sobre a ponta dos pés. Se cruzou a perna direita sobre a esquerda, vira-se para a esquerda, descreve uma volta completa e finda esta, temo-lo com a esquerda sobre a direita sempre em tesoura, que ele desfaz com ligeireza para compor outros passos.

Da bandinha:

O passista cruza as pernas, e mantendo-as cruzadas, desloca-se em passinhos miúdos para a direita, para a esquerda, descaindo o ombro para o lado onde se encaminha. Alinhava o movimento como quem vai por uma ladeira abaixo.
O passista com os braços para o alto e as nádegas empinadas aproxima e afasta os pés, ou caminha com as pernas arqueadas e bamboleantes.

Corrupio:

O passista se curva profundamente e ao mesmo tempo em que se abaixa, rodopia num pé só, em cuja perna se aplica flexionada outra perna, ajustando o peito do pé à panturrilha. Toma uma atitude de quem risca uma faca no chão.
O passista manobra com uma das pernas jogando para frente o ombro correspondente à perna que avança, o que faz ora para a direita, ora para a esquerda, alternadamente, na posição de quem força com o peso do ombro uma porta. Este passo se se encontra parceiro é feito vis-à-vis.
O passista descreve, todo empinado, o passo miúdo, num circulo, como um galo que corteja a fêmea.
O passista anda como um aleijado, arrastando, ora com a perna direita, ora com a esquerda alternadamente, enquanto o restante do corpo se conserva em ângulo reto. O passista põe-se de cócoras, e manobra com as pernas, ora para frente, cada uma por sua vez, ora para os lados.

Chão de barriguinha:

O passista com os braços levantados, aproxima-se vis-à-vis e com ele troca uma umbigada, que nunca chega a ser violenta. Se são as nádegas que se tocam, temos o Chão de Bundinha. O passista se verticaliza afoitamente, espiga o busto, levanta os braços e caminha em passo miúdo, arrastando os pés em movimento "saccadé".
O passista dá uma volta no ar, de braços arqueados, caindo com os tornozelos cruzados apoiando-se sob os bordos externos dos pés.
O passista dá grandes saltos para um lado e para o outro, mantendo estirada a perna do lado para onde se dirige, e tocando o chão com o calcanhar. Geralmente o passista utiliza-se de um chapéu de sol, afim de melhor garantir o equilíbrio."

Locomotiva:

Inicia-se com o corpo agachado e os braços abertos para frente, em quase circunferência e a sombrinha na mão direita. Dão-se pequenos pulos para encolher e estirar cada uma das pernas, alternadamente.

O frevo, hoje, é uma entidade musical respeitada, uma marca nacional.

Maculelê


É o maculelê uma dança de origem Afro-indígena, pois foi trazida pelos negros da África para cá e aqui foi mesclada com alguma coisa da cultura dos índios que aqui já viviam.
Os africanos diziam que esta dança era mais uma forma de luta contra os horrores da escravidão e do cativeiro. Enquanto os negros dançavam com os cepos de cana no meio do canavial, cantavam músicas que evidenciavam o ódio. Porém, eles as cantavam nos dialetos que trouxeram da África para que os feitores não entendessem o sentido das palavras. Assim como a "brincadeira de Angola" camuflou a periculosidade dos movimentos da capoeira, a dança do maculelê também era uma maneira de esconder os perigos das porretadas desta dança.
Aos golpes e investidas dos feitores contra os negros, estes se defendiam com largas cruzadas de pernas e fortes porretadas que atingiam principalmente a cabeça ou as pernas dos feitores de acordo com o abaixar e levantar do negro com os porretes em punho. Além desta defesa, os negros pulavam de um lado pro outro dificultando o assédio do feitor. Para as lutas travadas durante o dia, os negros treinavam durante a noite nos terreiros das senzalas com paus em chama que retiravam das fogueiras, trazendo ainda mais perigo para o agressor.
O maculelê pode ser feito com porretes de pau, facões ou facas, mas, alguns grupos praticam o maculelê com tochas de fogo ou "tições" retirados na hora de uma fogueira que também fica no meio da roda junto com os dançarinos.
O maculelê é portanto, um bailado guerreiro que foi desenvolvido por homens negros, compreendendo dançadores e cantadores, todos comandados por um mestre, denominado “macota”. Os participantes usam um bastão de madeira com cerca de 60 cm de comprimento, exceto o macota, que tem um mais longo. Os bastões são batidos uns nos outros, em ritmo forte e compassado. Estas pancadas presidem toda a dança, funcionando como marcadoras do pulso musical.
A banda que anima os dançarinos é composta por atabaques, pandeiros e às vezes violas de doze cordas. As cantigas são puxadas pelo macota e respondidas pelo coro. Há músicas tradicionais e outras circunstanciais, dependendo da destreza do chefe. Quando se apresentam em alguma casa ou estabelecimento de eventos, iniciam com uma saudação ao dono do lugar, seguem-se várias cantigas a gosto do mestre, concluindo com Despedida e Agradecimento. Na rua executam a Marcha de Angola, que contém letra com termos africanos adaptados. A área de maior incidência do Maculelê á a região de Santo Amaro (BA).
Maculelê nos faz reencontrar com a alma perdida do negro, que muito ajudou a construir esse nosso país. Nosso passado escravista, não é motivo de orgulho, mas é através do estudo da cultura negra que poderemos nos compreender como membros de uma coletividade, o povo brasileiro.


Dança Pau-de-Fitas



A Dança Pau de Fitas é uma tradição milenar, originária do meio rural que aparece em alguns países latino-americanos como: a Espanha, Inglaterra e outras regiões da Europa. Este tipo de dança também já existia na América, muito antes de seu descobrimento e os maias ainda incluem em seus costumes. Aparece ainda, entre os mineiros de Nuanda, no Peru, no século XVIII. Em São Benedito de Los Andes, na Venezuela, foi registrada dança semelhante aos pau-de-fita dançados aqui no Brasil.Em tribos pagãs essa coreografia tinha o significado de dança da fertilidade. Era executada em torno de um totem na forma de membro viril, em que as mulheres estéreis realizavam um culto, fazendo evoluções e invocando a proteção dos deuses para por fim à esterilidade.
Em muitas partes da Europa, na primavera ou no princípio do verão, ou mesmo no dia do solstício de verão, era e ainda é costume ir passear pelos bosques, cortar uma árvore e leva-la para a aldeia, onde era erguida em meio à alegria geral. A intenção deste costume era levar para cada uma das casas da aldeia, as bênçãos que o espírito da árvore tem o poder de conceder. Até hoje, mastros de maio, adornados de flores e fitas, são levantados são levantados no primeiro dia do mês de maio, tendo como objetivo, atrair o frutificante espírito da da vegetação, recém-desperto pela primavera.
No Brasil, esta dança, é encontrada em vários estados, fazendo parte do repertório de grupos folclóricos de várias etnias. Existe ainda em várias comemorações, como nas Festas do Rosário em Minas Gerais, onde os caboclinhos desenvolvem a coreografia, no bumba-meu-boi nordestino, com o nome de folguedo-da-trança, e nas festas do Divino, no Estado de São Paulo, com o nome de dança das fitas.
Nos países de origem portuguesa, ela geralmente está associada à Dança dos arcos e flores e à Jardineira. A apresentação desta dança é uma das mais bonitas do folclore catarinense. Para o seu desenvolvimento é necessário um mastro com cerca de três metros de comprimento, encimado por um conjunto de largas fitas milticoloridas. Os dançadores, sempre em número par, seguram na extremidade de cada fita e, ao som de músicas características, giram em torno do mastro, revezando os pares de modo a compor trançados no próprio mastro, com variados e coloridos desenhos.
Em Santa Catarina há o”Tramadinho”, “Zigue-Zague”, “Zigue-Zague” a dois, “Trenzinho”, “Feiticeira” e “Rede de Pescador”. Segundo Doralécio Soares, existem traçamentos em que são homenageadas pessoas ou entidades, cujo nome vai aparecendo no ato do trancamento.
No Amazonas é conhecida com o nome de “Tipiti” e apresenta grande variedade de tessituras, com denominações diversas: “Caracol”, “Tipiti de um”, “Tipiti de dois”, “Tipiti de três, “Tipiti de quatro”, “Trança”, “Rede”, “Crochê” e “Floreado”.
No Rio Grande do Sul, popularizou-se como dança de pares ensaiados, elaborada por grupos específicos que desenvolvem coreografias para apresentá-la em festas especiais. Chefiados por dois participantes denominados Mestre Leão e Senhora Dona Mestre, o grupo realiza evoluções em torno de um mastro de mais ou menos 3 metros de altura e 4 cm de diâmetro, de onde pendem fitas de mais ou menos 4 metros de comprimento, com 1 ou 2 cm de largura. O objetivo da coreografia é realizar, por meio de movimentação das fitas seguras pelas mãos dos dançarinos, figuras no mastro. Estes trancamentos ou figuras tomam o nome de: “Trama”, “Trança” ou “Rede de Pescador”. O número de casais dançantes tem sempre de ser par, para que os desenhos no mastro possam ser realizados. Os passos utilizados para realizar os movimentos durante a dança são normalmente os de rancheira, valseados que têm marcação forte no primeiro compasso.
Segundo Barbosa Lessa e Piaxão Côrtes, os homens, para "trançarem", por "tramarem", avançam sempre por dentro da roda e por baixo das fitas de suas companheiras no sentido dos ponteiros do relógio. Para desfazer as figuras, realizam o movimento contrário. A indumentária segue os trajes típicos das danças gaúchas.
Em todos estes locais mencionados, essa dança não apresenta música específica. São freqüentes conjuntos musicais compostos por violão, cavaquinho, pandeiro e acordeão. As apresentações se processam geralmente no período junino e em festas de padroeiros.

Quadrilha


Assimilada por todo o país, a quadrilha passou a sofrer as influências regionais, daí surgindo muitas variantes.

- Quadrilha Caipira: (São Paulo)
- Saruê (corruptela de soirée): (Brasil Central)

Baile Sifilítico – na Bahia
- Mana-Chica: (Rio de Janeiro)
- Quadrilha: (Sergipe)

Os instrumentos musicais acompanhantes são a sanfona ou acordeão, pandeiro, violão e o cavaquinho. Não existe uma canção específica que lhe seja própria. A música é aquela comum aos bailes de roça, em compasso binário ou de marchinha, que favorece o cadenciamento das marcações. Esta é uma dança que floresceu na zona rural, mas atualmente ganhou popularidade e está presente em todas as festas urbanas. Os participantes da dança, vestidos à caipira (indumentária que se convencionou a ser do nosso cabloco), executam diversas evoluções em pares de número variável. Em geral o par que abre o grupo é um "noivo" e uma "noiva", já que a Quadrilha pode hipoteticamente fazer parte de um casamento caipira.



Folclore Brasileiro




O que é Folclore

Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

Lendas

As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.

Mitos

Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.



Algumas lendas, mitos e contos folclóricos do Brasil:

Boitatá
Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

Boto
Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Curupira
Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

Lobisomem
Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

Mãe-D'água
Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.

Corpo-seco
É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.

Mula-sem-cabeça
Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

Mãe-de-ouro
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.



Saci-Pererê
O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Curiosidades:
- É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.
- Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.
- Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular.

Parlendas:

As parlendas são versinhos com temática infantil que são recitados em brincadeiras de crianças. Possuem uma rima fácil e, por isso, são populares entre as crianças. Muitas parlendas são usadas em jogos para melhorar o relacionamento entre os participantes ou apenas por diversão. Muitas parlendas são antigas e, algunas delas, foram criadas, há décadas. Elas fazem parte do folclore brasileiro, pois representam uma importante tradição cultural do nosso povo.

Alguns exemplos de parlendas:



Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis.

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Serra, serra, serrador! Serra o papo do vovô! Quantas tábuas já serrou?
Uma delas diz um número e as duas, sem soltarem as mãos, dão um giro completo com os braços, num movimento gracioso.
Repetem os giros até completar o número dito por uma das crianças.

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Um elefante amola muita gente...
Dois elefantes... amola, amola muita gente...
Três elefantes... amola, amola, amola muita gente...
Quatro elefantes amola, amola, amola, amola muito mais...
(continua...)

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– Cala a boca!
– Cala a boca já morrei
Quem manda em você sou eu!

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- Enganei um bobo...
Na casca do ovo!

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Dedo Mindinho
Seu vizinho,
Maior de todos
Fura-bolos
Cata-piolhos.

Brincadeiras do Folclore

O que são

Além dos contos, danças, festas e lendas, o folclore brasileiro é marcado pelas tradicionais brincadeiras. As brincadeiras folclóricas são aquelas que passam de geração para geração. Muitas delas existem há décadas ou até séculos. Costumam sofrer modificações de acordo com a região e a época, porém, a essência das brincadeiras continua a mesma da origem.

Grande parte das brincadeiras folclóricas envolve disputas individuais ou em grupos. Possibilitam também a integração e o desenvolvimento social e motor das crianças.

A preservação destas brincadeiras é muito importante para a manutenção da cultura folclórica. Por isso, são muito praticadas, principalmente, durante o mês de agosto que é destinado ao folclore.

Jogos, brincadeiras e brinquedos do folclore:




- Soltar pipa: as pipas, também conhecidas como papagaios, são feitas de varetas de madeira e papel. Coloridas, são empinadas (soltadas) pelos meninos em dias de vento. Com uma linha, os garotos conseguem direcionar e fazer malabarismos no céu.

- Estilingue: também conhecidos como bodoques, são feitos de galhos de madeira e borracha. Os meninos usam pedras para acertar alvos (latas, garrafas e outros objetos).

- Pega-pega: esta brincadeira envolve muita atividade física. Uma criança deve correr e tocar outra. A criança tocada passa ter que fazer o mesmo.

- Esconde-esconde: o objetivo é se esconder e não ser encontrado pela criança que está procurando. A criança que deverá procurar deve ficar de olhos tapados e contar até certo número enquanto as outras se escondem. Para ganhar, a criança que está procurando deve encontrar todos os escondidos e correr para a base.

- Bola de gude: coloridas e feitas de vidro, são jogadas no chão de terra pelos meninos. O objetivo é bater na bolinha do adversário para ganhar pontos ou a própria bola do colega.

- Boneca de pano: feitas pelas mães e avós, são usadas em brincadeiras pelas meninas para simular crianças integrantes de uma família imaginária.

- Pião: a brincadeira de pião ainda faz muito sucesso, principalmente, nas regiões do interior do Brasil. Feitos de madeira, os piões são rodados no chão através de um barbante que é enrolado e puxado com força. Muitas crianças pintam seus piões. Para deixar mais emocionante a brincadeira, muitos meninos fazem malabarismo com os piões enquanto eles rodam. O mais conhecido é pegar o pião com a palma da mão enquanto ele está rodando.

Cantigas de Roda

As cantigas de roda, também conhecidas como cirandas são brincadeiras que consistem na formação de uma roda, com a participação de crianças, que cantam músicas de caráter folclórico, seguindo coreografias. São muito executadas em escolas, parques e outros espaços frequentados por crianças. As músicas e coreografias são criadas por anônimos, que adaptam músicas e melodias. As letras das músicas são simples e trazem temas do universo infantil.

Alguns exemplos de cantigas de roda:



Capelinha de melão
Capelinha de melão
É de São João
É de cravo, é de rosa,
É de manjericão
São João está dormindo
Não acorda, não
Acordai, acordai,
Acordai, João!

Caranguejo
Caranguejo não é peixe
Caranguejo peixe é
Caranguejo não é peixe
Na vazante da maré.
Palma, palma, palma,
Pé, pé, pé
Caranguejo só é peixe, na vazante da maré!

Atirei o pau no gato
Atirei o pau no gato, tô
mas o gato, tô tô
não morreu, reu, reu
dona Chica, cá cá
admirou-se, se se
do berrô, do berrô, que o gato deu, Miau!

Ciranda cirandinha
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar, vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou
Por isso, D. Fulano entre dentro dessa roda
Diga um verso bem bonito, diga adeus e vá-se embora
A ciranda tem tres filhas
Todas tres por batizar
A mais velha delas todas
Ciranda se vai chamar

Escravos de Jó
Escravos de Jó
Jogavam caxangá
Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar.
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Festa Junina 2009



MOMENTOS FESTA JUNINA MICHEY MOUSE -2009!!!ARRASAMOS DE NOVO!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Projeto Conhecendo o Nosso Corpo e o Movimento


OBJETIVO: Sabe-se o quanto é importante para as crianças na fase escolar inicial (educação infantil e também o primeiro ciclo escolar)o conhecimento do seu corpo e o movimento que este pode realizar em diferentes espaços e niveis, por isto permitir que a criança compreenda o seu corpo como um organismo integrado e não como um amontoado de partes e aparelhos, que é um corpo vivo, que interage com o meio físico e cultural, que sente dor, prazer, medo, alegria, etc se faz necessário nesta primeira etapa de vida deles.
E isto pode se dá através de alguns conteúdos básicos para o desenvolvimento das mesmas como:
• Esquema Corporal: Reconhecer as possibilidades cinéticas do corpo, através de movimentos que o afetam como uma totalidade; reconhecer o corpo no seu todo e diferenciar cada uma de suas partes por meio do movimento; realizar movimentos independentes e interdependentes, com os diversos segmentos do corpo; definir sua dominância lateral.
• Estrutura Espaço-Temporal: Permitir ao aluno que oriente-se no espaço, discriminando localização, direção e dimensão; que movimente-se, discriminando diferentes momentos do tempo, se curso regular e seu fracionamento; que identifique e efetue movimentos e trajetórias no deslocamento do corpo e objetos.
• Qualidades Físicas: Permitir que o aluno estruture movimentos que requeiram coordenação geral e seletiva; que ele consiga equilibrar-se em diferentes situações, com o sem deslocamento, controlando e ajustando sua postura; que ele consiga ainda melhoras seu desempenho na execução de atividades que requeiram força, resistência, flexibilidade, agilidade e velocidade.
• Expressão Corporal: Permitir ao aluno que ele represente com movimentos corporais, elementos e objetos do meio circundante; que reproduza, com movimentos corporais, posturas e comportamentos de animais e pessoas; que ele movimente-se, adaptando-se a diferentes ritmos; que ele ainda seja capaz de expressar-se compondo a movimentação com um companheiro ou com um grupo; que ele crie sua própria seqüência de movimentos, em atividades de respostas livres, vivenciando pensamentos e sentimentos, que ele dramatize, através do movimento, fatos, historias e fantasias, e que conheça e execute formas de expressão tradicionais de todos os povos.

Uma dica que é muito funcional é usar a música como instrumento de trabalho, uma vez que seus elementos são de facil expressao, interação para q a criança de fato consiga apropriar-se da iamgem global do seu corpo.

Conhecendo o Corpo Humano:

O corpo humano é constituído por diversas partes que são inter-relacionadas, ou seja, umas dependem das outras. Ele é composto de cabeça, tronco e membros.

A Cabeça:

Na cabeça, está o cérebro (miolos) por dentro da parte óssea, muito bem protegido. Devemos ter cuidado com a cabeça para proteger o cérebro. Ele comanda todas as nossas ações como: pensar, lembrar, falar, andar, escrever, ver, etc. Com a cabeça é que a gente pensa. Na cabeça ainda estão : a boca, os olhos, os ouvidos e o nariz.

O Tronco e os Membros:

No tronco do corpo humano, estão todos os órgãos vitais também. O estômago, os intestinos, o coração, fígado, pulmões, rins, bexiga, etc.
Os membros são : os braços e as pernas
Nos braços ficam as mãos.
Nas pernas ficam os pés.

Atividades para desenvolver em sala com as crianças:

1)Após falar de todas as partes do corpo pedir para que eles desenhem em uma folha o corpo humano.
2)Entregar a eles um desenho do corpo humano e pedir para que nomeia as partes corporais



Atividades para desenvolver na quadra ou patio com as crianças:

1)1) Samba Quente:(CD Batucada)- soltar/chacolhar partes do corpo alternando o movimento, confome o comando do professor (cabeça, ombros, braços, mãos, cintura, bumbum, pernas, pés, corpo todo no lugar, corpo todo no espaço), na pausa da música parar de se mexer, comos e fosse a brincadeira da estátua.

2)Eu vi: ao som da música ou msm cantando ela fazer com que os alunos vao tocando seus corpos conforme o comando da mesma.Ao final da musica eles deverão dançar livremente pelo espaço e terminar fazendo uma pose colocando a mão em alguma parte do seu corpo.

Eu vi, eu vi, eu vi um jacaré será que ele queria pegar no meu pé?
Eu vi, eu vi eu vi uma formiga será que ela queria pegar minha barriga?
Eu vi, eu vi, eu vi um leão será que ele queria pegar a minha mão?
Eu vi, eu vi, eu vi uma coelha será que ela queria pegar minha orelha?
Eu vi, eu8 vi, eu vi um piolho será que ele quaria pegar no meu olho?
Eu vi, eu vi, eu vi um coelho será que ele quaria pegar o meu joelho?
Eu vi , eu vi, eu vi uam perdiz será que ela queria pegar o meu nariz?

domingo, 14 de junho de 2009

Um pouquinho sobre musica...

Música:

A música é um fenomeno corporal de grande receptividade. Mesmo antes de nascer, ainda no ventre da mãe, a crinaça já entra em contato com o universo sonoro:vozes de pessoas, sons produzidos por objetos, sons da natureza, dos seres vivos, do calanto de sua mãe e outros.
È muito grande a influencia que a música exerce na criança. Podemos notar num bebê que ao mínimo som se movimenta, que a música estimula suas funçoes sensoriais e afetivas. e é por isto q a música deve fazer parte da proposta educacional de qualquer professor, pois alem de ser estimulante, é muito bom danças c a música, e a criança canta, dança e se movimenta, se realiza, enfim.

Elementos da Música

Harmonia: sucessao simultanea e combinada de sons adequados a um ritmo e a uma melodia. A harmonia realça o sentimneto que o compositor expressou ao compor a música. Ela define a melodia e aperfeiçoa o som.

Melodia: possibilita que reconheçamos a compisição executada. è representada pelas figuras e símbolos musicais que determinam o anadamento, a tonalidade e a intenção melodica do compositor.

Ritmo: ele faz parte de tudo o que existe no universo, é um impulso, o estímulo que caracteriza a vida. Ele se faz presente na natureza, na vida humana, animal e vegetal, nas funçoes organicas do homem, em suas manifestações corporais, na expressao interior exteriorizada pelo gesto, no movimneto, qualquer que seja ele. possibilita combinaçoes infinitas, possui diferentes duraçoes e ou combinaçoes variadas em diferentes formas de movimento, alternando-se com inumeras formas de repouso.
Na música, o ritmo é detrminado pela melodia e pode ser lento, moderado ou acelerado. Para podermos dançar ou cantar uma melodia, precisamos compreender as variaçoes ritmicas que podem ocorrer.
Podemos estimular o ritmo da criança através de batidas de palmas, assobios, estalos de dedos, do bater as mãos nas coxas, etc. Toda criança é dotada de ritmo que se manifesta antes mesmo de nascer, e cabe ao rofessor aperfeiçoar esse ritmo e adaptá-lo em inúmeras oportunidades.

Texto extraido do livro Dança na Escola de Erica verderi

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Festa Junina


História da Festa Junina e tradições
Origem da festa junina, história, tradições, festejos, comidas típicas, quermesses, dança da quadrilha, influência francesa, portuguesa, espanhola e chinesa, as festas no Nordeste, dia de Santo Antônio, São João e São Pedro, as simpatias de casamento e crendices populares, músicas típicas da época, os balões.

Origem da Festa Junina

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.
De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha.
Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.

Festas Juninas no Nordeste

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.
Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.

Comidas típicas

Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos.
Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.

Tradições

As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam.
No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão.



Músicas de Festa Junina:

CAPELINHA DE MELÃO
autor: João de Barros e Adalberto Ribeiro

Capelinha de melão
é de São João.
É de cravo, é de rosa, é de manjericão.

São João está dormindo,
não me ouve não.
Acordai, acordai, acordai, João.

Atirei rosas pelo caminho.
A ventania veio e levou.
Tu me fizeste com seus espinhos uma coroa de flor.

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PEDRO, ANTÔNIO E JOÃO
autor: Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago

Com a filha de João
Antônio ia se casar,
mas Pedro fugiu com a noiva
na hora de ir pro altar.

A fogueira está queimando,
o balão está subindo,
Antônio estava chorando
e Pedro estava fugindo.

E no fim dessa história,
ao apagar-se a fogueira,
João consolava Antônio,
que caiu na bebedeira.

__________________________________________

BALÃOZINHO

Venha cá, meu balãozinho.
Diga aonde você vai.
Vou subindo, vou pra longe, vou pra casa dos meus pais.

Ah, ah, ah, mas que bobagem.
Nunca vi balão ter pai.
Fique quieto neste canto, e daí você não sai.

Toda mata pega fogo.
Passarinhos vão morrer.
Se cair em nossas matas, o que pode acontecer.
Já estou arrependido.
Quanto mal faz um balão.
Ficarei bem quietinho, amarrado num cordão.

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SONHO DE PAPEL
autor: Carlos Braga e Alberto Ribeiro

O balão vai subindo, vem caindo a garoa.
O céu é tão lindo e a noite é tão boa.
São João, São João!
Acende a fogueira no meu coração.

Sonho de papel a girar na escuridão
soltei em seu louvor no sonho multicor.
Oh! Meu São João.

Meu balão azul foi subindo devagar
O vento que soprou meu sonho carregou.
Nem vai mais voltar.

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PULA A FOGUEIRA
autor: João B. Filho

Pula a fogueira Iaiá,
pula a fogueira Ioiô.
Cuidado para não se queimar.
Olha que a fogueira já queimou o meu amor.

Nesta noite de festança
todos caem na dança
alegrando o coração.
Foguetes, cantos e troca na cidade e na roça
em louvor a São João.

Nesta noite de folguedo
todos brincam sem medo
a soltar seu pistolão.
Morena flor do sertão, quero saber se tu és
dona do meu coração.

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CAI, CAI, BALÃO

Cai, cai, balão.
Cai, cai, balão.
Aqui na minha mão.
Não vou lá, não vou lá, não vou lá.
Tenho medo de apanhar.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Dia das Mães


Para "Filhos Especiais"... "Mães muito Especiais!!!"

Deus, andando sobre a Terra, seleciona seus instrumentos para a preservação da espécie humana com grande cuidado e determinação.

Por isso, os anjos anotam tudo o que Deus diz num bloco gigante. Deus começa a ditar:

- Elizabete Souza…vai ter um menino. Santo protetor desta mãe, São Mateus…Mariana Ribeiro, vai ter uma menina. Santa protetora desta mãe, Santa Cecília. Cláudia Antunes…, terá gêmeos. Santo protetor…, mande São Geraldo protegê-la, pois ele está acostumado com quantidade.

Finalmente, Deus dita mais um nome de mulher a um dos anjos, sorri e fala:
- Para esta mãe, mande uma criança excepcional.

O anjo, muito curioso, pergunta a Deus:
- Por que justamente ela, Senhor? Ela é tão feliz!

E Deus responde fazendo uma pergunta:
- Eu poderia confiar uma criança deficiente a uma mãe que não conhecesse o riso? Isto seria cruel!

E o anjo continua perguntando:
- Mas será que essa mãe terá paciência suficiente?

E Deus explica:
- Eu não quero que ela tenha paciência demais, senão, ela vai acabar se afogando num mar de desespero e auto-piedade. Quando o choque e a tristeza passarem, essa mãe poderá controlar a situação. Eu a observei hoje, ela é uma pessoa que transmite segurança, e é muito independente, qualidades perfeitas e, ao mesmo tempo, tão necessárias para uma mãe. Veja, a criança que vou confiar a ela, tem todo o seu mundo próprio. E esta mãe terá que trazer esta criança para o mundo real e isto não vai ser nada fácil.

E o anjo questiona:
- Mas, Senhor, eu acho que esta mãe nem acredita em Deus!

Deus sorri e fala:
- Isso não importa, dá-se um jeito. Esta mãe é perfeita, pois tem a dose exata de egoísmo de que vai precisar.

E o anjo, assustado com a resposta de Deus, pergunta:
- Egoísmo? Egoísmo é virtude, Senhor?

Deus confirma que sim e explica:
- Se essa mãe não for capaz de se separar de seu filho especial de vez em quando, ela perderá a vontade de viver. Sim, aqui está a mulher a quem eu vou abençoar com uma criança mais especial do que as outras. Esta mãe ainda não sabe, mas ela será invejada. Ela nunca vai considerar banal qualquer palavra pronunciada por seu filho, muito pelo contrário, vai receber como um grande presente. Nenhuma conquista da criança será vista por ela como algo comum, corriqueiro.

Deus continua explicando ao anjo o motivo de escolher aquela mãe para cuidar de uma criança especial:
- E quando essa criança especial disser,” MAMÃE”, pela primeira vez, esta mulher será testemunha de um milagre e saberá recebê-lo. Quando ela mostrar o por do sol a seu filho e tentar ensiná-lo a repetir as palavras “árvore” e “sol”, ela será capaz de enxergar minhas criações como poucas pessoas são capazes devê-las. Aí vou permitir que ela veja claramente as coisas que Eu vejo: a ignorância, a crueldade e o preconceito. Então, vou fazer com que esta mãe seja ainda mais forte do que tudo isso. Ela nunca ficará sozinha, pois estarei com ela a cada minuto de cada dia de sua vida, porque ela estará fazendo meu trabalho e estará aqui, ao meu lado.

O anjo já satisfeito com as explicações de Deus, pega o bloco para as anotações e faz uma última pergunta:
- E qual será o Santo protetor desta mãe, Senhor?

Deus sorri e diz:
- Nenhum! Basta que ela se olhe no espelho!

Dia das Mães


Minha Mamãe

Minha mamãe escuta so esta mensagem de amor
Muita sincera você me ensinou
Seu espelhinho aqui estou... ououo ohoh
Sempre será no meu mundinho a estrela real
O céu azul todo seu
Lá não existe anjo mal
Que tal saber como é importante pra mim
O seu carinho me deixou assim
Apaixonado por você
Quer ver, o meu presente este abraço
E bem baixinho um desabafo:
" EU AMO VOCÊ!!!"

Você Mamãe que eu amo

Como eu te amo mamãe meu presentinho é uma flor que parece você
Tão bonita e cheirosa, o seu sorriso é mais lindo do que esta rosa
Hoje eu quero dizer, que sem você eu não consigo viver
e no seu dia eu quero beijar você!!
Você mamãe que eu amo!!!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Festivais das escolinhas...









Dia das Mães


Mãe branca, mãe preta, mãe amarela
Mãe loura, morena ou ruiva
Mãe caseira ou cigana itinerante
Mãe de todas as raças, de todas as cores
Mãe que mendiga, mãe que trabalha
Mãe que freqüenta alta sociedade
Mãe que é mãe a todo momento
Sem importar condição social
Mãe é só uma palavra que soa
Como favos de mel dentro da boca.
Mãe guerreira, mãe preciosa
Mãe zelosa, preocupada
Mãe cozinheira, lavadeira, até lixeira
Mãe empresária, industriaria, comerciaria
Mãe dona de casa, madame ou empregada
Mãe que luta com todas as garras
Mãe que batalha por um bem-estar
Por querer muito para o seu filho ou filha
Que sempre tenha em seu mundo
Momentos de muita paz e amor
Com um crescimento interior
Que o faça um alguém nesta vida.
Mãe biológica, mãe adotiva
Mãe que reza, que abençoa
Mãe que perde noites de sono
Mãe que ensina a ler e escrever
Mãe que nos mostra o que é a vida
E o caminho certo a percorrer
Mãe que é Pai em sua ausência,
Pai que é Mãe em tempo integral
Como o substituto adequado
Sem ter medo de ser piegas
Mas por necessidade primordial
De chegar enfim ao final da estrada,
Ver seu rebento crescido, vitorioso
Como um grande ser humano real.
Mãe que sempre incentiva
A lutar, vencer, crescer
Como gente, ser humano
Sem pisar no semelhante
Procurar ser alguém importante
Acreditar em Deus, ter fé
Mãe que só pensa no que é melhor
Mãe que acarinha, que acalanta
Mãe que bronqueia na hora certa
Mostrando um caminho para seguir
Mãe que está sempre presente
Em todas as horas
Mesmo que a distância se faça sentir.
Mãe é mãe não importa onde esteja
Não importa o que seja
Nada tira o seu valor.
E por você mãe presente, onipotente
Que se orgulha por ser mãe,
Por correr atrás do tempo
Tentando suavizar suas marcas
Por você que é mãe ausente
Mãe que existe só na lembrança
Que partiu tão de repente
Deixando no ar só a saudade
Eu te faço esta homenagem.

Mãe de todo dia, ano por ano
Mãe, Mamãe, Mãezinha
Mammy do meu, do seu coração
Este é o nome mais lindo
Suave, sonoro, abençoado
Por Maria, rainha de todas as Mães.
Que Deus guarda com todo carinho
Bem no meio da palma de sua mão.

Dia das Mães

Musiquinhas:

Maezinha do coração (terezinha de jesus)

Aqui no meu peito guradado, com afeto mui profundo
Eu tenho alguem que eu adoro
Mais que tudo neste mundo

É a minha mamaezinha, é tão doce e carinhosa
Presente que o ceu me deu
Joia rara e preciosa.

Música para Mamae (carinhoso)

Meu coração, sabe por que bate feliz é por você

E os meus olhos ficam sorrindo, memsmo ate quando estou dormindo
Se nos meus sonhos tenho você.
Como é bom sentir, mamãe querida que voc~e é minha amiga carinhosa
E que tem um coração imenso cheio de carinho e amor para me dar

Vem vem vem, vem sentir o calor do meu amor ao encontro do seu.
Vou abrir meu coração carregadinho de emoção , voc~e verá então o que ele diz!!

Mamãe

Mamãe, mamãe, mamãe
Eu te dou agora
Mamãe, mamãe, mamãe
Esta canção de amor
Mamãe, mamãe, mamãe
É o presente de hoje
Mamãe, mamãe, mamãe
É o presente de amor

Mamãe, minha mãezinha
Gosto muito de você
Você é minha rainha
Você é meu bem-querer
Nas minhas orações
Eu lembro sempre de você
Agradeço ao Deus-Pai
Por ter me dado você.

domingo, 19 de abril de 2009

Dia das Mães


Matrô-Ginástica: Matroginástica: evento estimula o "brincar" entre mães e filhos

Matro” vêm do latim “mater”, significando mãe. Acrescentado do sufixo “ginástica”, entende-se como ginástica para mãe e filho, que, segundo Schulz (1989), passou a ser conhecida como “atividade física entre mães e filhos”. Uma otima dica para o Dia das Mães.

Desenvolvimento:

Reunir as mães e seus filhos para atividade no pátio da escola.
Explicar a elas como fucionará a atividade: o filho vai a todo momento servir como um apoio a mamãe nas atividades propostas.

Aquecimento:

Uma música bem agitada onde mães e filhos possam se aquecer ao ritmo da mesma, cada parte do seu corpo ( cabeça, tronco, pernas, braços...).




Localizada:

Exercicios para fortalecer pernas e bumbum

Filho de frente para a mãe segurando a mamae com a suas mãozinhas e mamãe apoiando as suas mãos no braços do seu filho:

1)Pernas semiflexionadas, uma delas dobrada a 90 graus, estique esta para trás e para cima, voltando à posição inicial.
Cuidados: não exagere na subida da perna e mantenha o abdômen contraído.
2 series de 10 com cd perna

2)ainda em pé e apoiando em seu filho, mantenha tronco reto, pernas abertas, pés paralelos e joelhos semiflexionados. Abaixe e eleve o tronco, deslocando os quadris para trás.
Cuidados: mantenha os joelhos na direção dos pés.
2 series de 10

3)Em pé e de lado, perna de apoio levemente flexionada, na perna que está por fora (também semiflexionada). Levante esta perna lateralmente, até o seu limite.
Cuidados: mantenha as costas retas sempre e contraia o abdôme
2 series de 10, com cd perna

Exercicios para a panturrilha: de frente para filho subir e descer das pontas dos pés
2 series de 10

Exercicios para os braços:

Mamãe agora vai levantar o filho q esta de frente para ela
2 series de 10

Abdominal:

1)Mãe deitada no chão e filho sentado nos pés dela, os braços estendidos atrás da orelha e as pernas flexionadas. Eleve o tronco expirando. Continue com os braços estendidos atrás da orelha e as pernas imóveis, voltando à posição inicial.
2 series de 5

2) Deixe as duas mãos posicionadas atrás da nuca e as pernas flexionadas, ainda com o filho sentado nos pés,inspire e eleve o tronco aproximando-o em direção aos joelhos suspensos, mantendo os cotovelos sempre abertos e o queixo distante do peito. Volte à posição inicial.
2series de 5

Alongamento:

1)Mãe sentada no chão com os as pernas estendidas para frente, filho agaichado atrás da mãe empurrará as costas da mãe ate q se tronco toque os joelhos, sempre respeitando o limite corporal de cada um.

2) Agora com as pernas abertas filho ainda atras da mãe empurrará as costas para os lados direitos e depois ao centro, também respeitando o limite corporal.

Relaxamento:

Mãe vai pegar seu filho no colo e colocá-lo de uam maneira confortavel para fazer uma naninha ao som de uam música suave, é um momento de relembrar todos os momentos da existencia deste... enqto ambos se mantem de olhos fechados e abraçados trocando carinho, a professora irá falando coisas que façam a mãe relembrar desde q ficou gravida até os dias atuais, e pra finalizar passa uma linda mensagem de amor para elas!
Após isto coloca-se uma música bem animada e q fale coisas boas onde todos possam dançar, brincar, se abraçarem...

Dia das Mães



Carinho de Mãe não tem igual... e de filho então...... bjinho mais q doce da Maria para mim...

Ser Mãe...

É dizer todas as palavras...
Que sempre precisamos escutar...
É secar nossas lágrimas...
E num beijo consolar...
É ser aquela pessoa que vive em nosso coração...
É trazer sempre aquele sorriso amigo....
E em nosso tombo saber nos dar a mão...
Isso tudo é o pouco que hoje reconheço...
Do seu valor MÃE...
Pois para mim, tu és....
E sempre será.....
Um exemplo de Puro e Infinito
Amor!!!!

terça-feira, 24 de março de 2009

Qual é o papel do professor enquanto educador?



Todo professor deveria elaborar um discurso que potencializasse as mudanças que oriente rotas, ou seja, que concretize um currículo para as crianças, tendo um projeto coletivo, uma obra aberta, criativa e apropriada para o aqui e agora de cada situação educativa, envolvendo sensibilidade e uma visão de criança como alguém competente e com direitos próprios.E isto só obteremos se rompermos com a história tradicional de promover o isolamento e o confinamento das perspectivas infantis dentro de um ambiente controlado por adultos e com descontextualização das atividades que muitas vezes são propostas às crianças.
A escola deve ter uma proposta pedagógica que implique por uma organização curricular que seja um elemento mediador fundamental entre a realidade da criança (concepções, valores, desejos, necessidades e conflitos vividos em seu meio próximo) e a realidade social mais ampla, com outros conceitos, valores e visões de mundo, mas para isto é necessário conhecer a individualidade do aluno.
Por isto a interação social é uma das estratégias mais importantes do professor para a promoção de aprendizagem pelas crianças. Assim cabe a ele propiciar situações de conversa, brincadeira ou de aprendizagem orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma que possam comunicar-se e expressar-se, demonstrando seus modos de agir, pensar e de sentir, em um ambiente acolhedor e que propicie a confiança e auto-estima.
Vygotsky,afirma que as características individuais (modo de agir, pensar, sentir, valores, conhecimentos, visão de mundo, etc) dependem da interação do ser humano com o meio físico e social que ele esta inserido.
Para elas a criança quando se sente dentro de um grupo, começa a participar mais, interagir mais, e conseqüentemente vem mais feliz para a escola.
Outro aspecto muito comum dentro das escolas e que nós professores nos deparamos é o de crianças que não interagem com outras crianças, e quando isto é levado ao conhecimento dos pais, estes tendem a desconversar e achar muito cedo para um acompanhamento de um profissional especializado em comportamento.
E por que será que isto acontece? Será que quando criança nós educadores e também os pais de nossos alunos tiveram um professor que se preocupou em interagir com ele, que realmente percebeu este aluno como um ser que pensa, sente, mas que muitas vezes não sabe exprimir isto?
O que acontece é que muitos pais e escolas estão mais preocupados em preparar seus filhos e alunos para um futuro aprendizado, esquecendo de observar o que está acontecendo no presente. Esta concepção de preparar para o futuro é um tanto contraditória, uma vez que os processos de desenvolvimento só são impulsionados quando aprendidos. Um bom ensino é aquele que se adiante ao desenvolvimento, ou seja, que se dirige às funções psicológicas que estão em vias de se completarem.
Por isto um redimensionamento do valor das interações sociais (entre alunos e os professores) no contexto escolar seria uma sugestão, uma vez que elas podem produzir conhecimentos por parte dos alunos, onde este poderá dialogar, trocar informações, confrontar ponto de vista divergentes, trabalhar com a cooperação, tornando o aluno mais responsável resultando no alcance de um objetivo comum. Cabe, portanto, ao professor não só permitir que isto aconteça, mas também promover isto no cotidiano das salas de aula.
Portanto o papel do professor é proporcionar uma prática educativa que considere a importância da intervenção do professor que é uma pessoa mais experiente da cultura, e também das trocas efetivadas entre as crianças que tanto contribuem para os desenvolvimentos individuais. É necessário que haja esta troca, esta interação, nós não podemos mais achar que somos os tais, e que as crianças não nos ensinam nada.
Esta idéia de que a criança deve vir para escola, permanecer sentada em sua cadeira, em silêncio e de preferência olhando para frente tem que ser derrubada de uma vez por toda.
O movimento dentro da escola não pode mais ser entendido como uma moeda de trocas, onde a imobilidade funciona como uma punição e a liberdade de se movimentar como prêmio.Este preconceito ao movimento que permeia a escola tem que ser discutido sim, pois não é possível que em pleno século XXI o movimento ainda esteja restrito somente as aulas de Educação Física ou recreio, e nas demais atividades em sala de aula o aluno tem que se manter “imóvel”. Afinal se é através do movimento que o individuo se manifesta, que pessoas formaremos se impedirmos a sua expressão?
Esta ausência de ludicidade nas disciplinas científicas e a ausência de seriedade nas disciplinas que envolvem o mexer o corpo, só contribuem para acentuar ainda mais esta visão de que o ensino de Educação Física e de Arte são supérfluo.
A atuação do professor no processo ensino-aprendizagem deve considerar o aluno como um corpo que não foi programado para imitar, que ele só estará satisfeito e realizado em sua corporeidade, a partir do momento em que ele estiver participando ativamente das atividades e podendo explorar sua criatividade, espontaneidade e rompendo com as limitações de seu corpo, descobrindo, por si só, as coisas maravilhosas que pode realizar com seus gestos.E sendo assim a intenção da formação do cidadão autônomo, critico, que saiba intervir, modificar e usufruir a sociedade em que vive deve ser o paradigma da educação de forma geral.
A inserção corporal tem muito com o que contribuir para com isto e, em especial a Dança, por isto é preciso que nós educadores consideremos o corpo de nossos alunos como um corpo que está em erupção, exalando sentimentos, expressões e integrante do meio social ao qual faz parte.
Mas infelizmente nem todos so cursos de formação de professores oferecem tais conhecimentos sobre o corpo, por isto seria muito importante que se pensassem com seriedade no oferecimento de disciplinas de cunho artístico corporal, independente da disciplina que lecionam. Porque assim eles sentiriam e entenderiam melhor seus corpos, aprenderiam a pensar com o corpo todo, este corpo que fala, que sente, se emociona, que se expressa de todas as formas possíveis.Estas práticas corporais só vem a contribuir para que professores ao sentirem em seus corpos estas descobertas, possam compreender melhor o que se passa nos corpos dos seus alunos, porque estarão experimentando o prazer do movimento e os benefícios físico e mental que este pode trazer a elas e conseqüentemente aos seus alunos, o que fará com que vejam a Dança na escola com outros olhos.
E é por isto que a Dança na escola deve ultrapassar a idéia de ser apenas voltada à criança e ao adolescente, ela deverá ser trabalhada com os professores, pois será importante não apenas para a formação destes (e para o bem estar dos mesmos), mas também para que o corpo do professor funcione como modelo para o aluno. Afinal somos o tempo todo modelos para as nossas crianças.
No caso da Dança na escola, onde se trabalha mais a exploração e a criação do próprio aluno que o aprendizado de passos específicos, a imitação não deveria estar presente. No entanto, essa idéia é equivocada. Pois acabamos por cair em outro desfecho que é a questão de dar exemplos de movimentos ou de servir de modelos, pois muitas vezes o que se vê nas criações das crianças são gestos oriundos reproduzidos do que vêem na TV. Se o professor não quer assumir o papel de modelo, a mídia o faz o tempo todo. Cabe agora refletir qual é o modelo mais interessante, e, sobretudo, trabalhar com as crianças o desenvolvimento do olhar crítico.
É preciso portanto tomar o cuidado para que não se aplique atividades descontextualizadas que visam à mera repetição sem sentido de um modelo observado e propor atividades que realmente intervêm e desencadeiam o processo de aprendizam. Não se pode oferecer rituais de cópia ou propostas de imitações mecânicas e literais de modelos fornecidos por nós adultos. Mas sim oferecer subsídios aos alunos para que possa favorecer o processo de criação deles, tornando a atividade mais significativa e desafiadora, sem estereotipar a expressão do educando.
Fica claro, portanto, que a questão da educação corporal não é de responsabilidade exclusiva da Educação Física, nem da Dança ou da Expressão Corporal.O corpo está em constante desenvolvimento e aprendizado, possibilitar ou impedir o movimento da criança e do adolescente na escola, oferecer ou não a oportunidade de exploração e criação com o corpo, despertar ou reprimir o interesse pela dança no espaço escolar, servir ou não de modelo, de uma forma ou de outra, estaremos educando o corpo. Nós somos o nosso corpo e toda educação é do corpo. A ausência de uma atividade corporal também é uma forma de educação: a educação para o não movimento – educação para a repressão. Em ambas situações, a educação do corpo esta acontecendo. O que diferencia uma atitude da outra é o tipo de indivíduo que estamos formando. Cabe agora a cada um de nos fazer uma reflexão.

Nani