terça-feira, 24 de março de 2009

Qual é o papel do professor enquanto educador?



Todo professor deveria elaborar um discurso que potencializasse as mudanças que oriente rotas, ou seja, que concretize um currículo para as crianças, tendo um projeto coletivo, uma obra aberta, criativa e apropriada para o aqui e agora de cada situação educativa, envolvendo sensibilidade e uma visão de criança como alguém competente e com direitos próprios.E isto só obteremos se rompermos com a história tradicional de promover o isolamento e o confinamento das perspectivas infantis dentro de um ambiente controlado por adultos e com descontextualização das atividades que muitas vezes são propostas às crianças.
A escola deve ter uma proposta pedagógica que implique por uma organização curricular que seja um elemento mediador fundamental entre a realidade da criança (concepções, valores, desejos, necessidades e conflitos vividos em seu meio próximo) e a realidade social mais ampla, com outros conceitos, valores e visões de mundo, mas para isto é necessário conhecer a individualidade do aluno.
Por isto a interação social é uma das estratégias mais importantes do professor para a promoção de aprendizagem pelas crianças. Assim cabe a ele propiciar situações de conversa, brincadeira ou de aprendizagem orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma que possam comunicar-se e expressar-se, demonstrando seus modos de agir, pensar e de sentir, em um ambiente acolhedor e que propicie a confiança e auto-estima.
Vygotsky,afirma que as características individuais (modo de agir, pensar, sentir, valores, conhecimentos, visão de mundo, etc) dependem da interação do ser humano com o meio físico e social que ele esta inserido.
Para elas a criança quando se sente dentro de um grupo, começa a participar mais, interagir mais, e conseqüentemente vem mais feliz para a escola.
Outro aspecto muito comum dentro das escolas e que nós professores nos deparamos é o de crianças que não interagem com outras crianças, e quando isto é levado ao conhecimento dos pais, estes tendem a desconversar e achar muito cedo para um acompanhamento de um profissional especializado em comportamento.
E por que será que isto acontece? Será que quando criança nós educadores e também os pais de nossos alunos tiveram um professor que se preocupou em interagir com ele, que realmente percebeu este aluno como um ser que pensa, sente, mas que muitas vezes não sabe exprimir isto?
O que acontece é que muitos pais e escolas estão mais preocupados em preparar seus filhos e alunos para um futuro aprendizado, esquecendo de observar o que está acontecendo no presente. Esta concepção de preparar para o futuro é um tanto contraditória, uma vez que os processos de desenvolvimento só são impulsionados quando aprendidos. Um bom ensino é aquele que se adiante ao desenvolvimento, ou seja, que se dirige às funções psicológicas que estão em vias de se completarem.
Por isto um redimensionamento do valor das interações sociais (entre alunos e os professores) no contexto escolar seria uma sugestão, uma vez que elas podem produzir conhecimentos por parte dos alunos, onde este poderá dialogar, trocar informações, confrontar ponto de vista divergentes, trabalhar com a cooperação, tornando o aluno mais responsável resultando no alcance de um objetivo comum. Cabe, portanto, ao professor não só permitir que isto aconteça, mas também promover isto no cotidiano das salas de aula.
Portanto o papel do professor é proporcionar uma prática educativa que considere a importância da intervenção do professor que é uma pessoa mais experiente da cultura, e também das trocas efetivadas entre as crianças que tanto contribuem para os desenvolvimentos individuais. É necessário que haja esta troca, esta interação, nós não podemos mais achar que somos os tais, e que as crianças não nos ensinam nada.
Esta idéia de que a criança deve vir para escola, permanecer sentada em sua cadeira, em silêncio e de preferência olhando para frente tem que ser derrubada de uma vez por toda.
O movimento dentro da escola não pode mais ser entendido como uma moeda de trocas, onde a imobilidade funciona como uma punição e a liberdade de se movimentar como prêmio.Este preconceito ao movimento que permeia a escola tem que ser discutido sim, pois não é possível que em pleno século XXI o movimento ainda esteja restrito somente as aulas de Educação Física ou recreio, e nas demais atividades em sala de aula o aluno tem que se manter “imóvel”. Afinal se é através do movimento que o individuo se manifesta, que pessoas formaremos se impedirmos a sua expressão?
Esta ausência de ludicidade nas disciplinas científicas e a ausência de seriedade nas disciplinas que envolvem o mexer o corpo, só contribuem para acentuar ainda mais esta visão de que o ensino de Educação Física e de Arte são supérfluo.
A atuação do professor no processo ensino-aprendizagem deve considerar o aluno como um corpo que não foi programado para imitar, que ele só estará satisfeito e realizado em sua corporeidade, a partir do momento em que ele estiver participando ativamente das atividades e podendo explorar sua criatividade, espontaneidade e rompendo com as limitações de seu corpo, descobrindo, por si só, as coisas maravilhosas que pode realizar com seus gestos.E sendo assim a intenção da formação do cidadão autônomo, critico, que saiba intervir, modificar e usufruir a sociedade em que vive deve ser o paradigma da educação de forma geral.
A inserção corporal tem muito com o que contribuir para com isto e, em especial a Dança, por isto é preciso que nós educadores consideremos o corpo de nossos alunos como um corpo que está em erupção, exalando sentimentos, expressões e integrante do meio social ao qual faz parte.
Mas infelizmente nem todos so cursos de formação de professores oferecem tais conhecimentos sobre o corpo, por isto seria muito importante que se pensassem com seriedade no oferecimento de disciplinas de cunho artístico corporal, independente da disciplina que lecionam. Porque assim eles sentiriam e entenderiam melhor seus corpos, aprenderiam a pensar com o corpo todo, este corpo que fala, que sente, se emociona, que se expressa de todas as formas possíveis.Estas práticas corporais só vem a contribuir para que professores ao sentirem em seus corpos estas descobertas, possam compreender melhor o que se passa nos corpos dos seus alunos, porque estarão experimentando o prazer do movimento e os benefícios físico e mental que este pode trazer a elas e conseqüentemente aos seus alunos, o que fará com que vejam a Dança na escola com outros olhos.
E é por isto que a Dança na escola deve ultrapassar a idéia de ser apenas voltada à criança e ao adolescente, ela deverá ser trabalhada com os professores, pois será importante não apenas para a formação destes (e para o bem estar dos mesmos), mas também para que o corpo do professor funcione como modelo para o aluno. Afinal somos o tempo todo modelos para as nossas crianças.
No caso da Dança na escola, onde se trabalha mais a exploração e a criação do próprio aluno que o aprendizado de passos específicos, a imitação não deveria estar presente. No entanto, essa idéia é equivocada. Pois acabamos por cair em outro desfecho que é a questão de dar exemplos de movimentos ou de servir de modelos, pois muitas vezes o que se vê nas criações das crianças são gestos oriundos reproduzidos do que vêem na TV. Se o professor não quer assumir o papel de modelo, a mídia o faz o tempo todo. Cabe agora refletir qual é o modelo mais interessante, e, sobretudo, trabalhar com as crianças o desenvolvimento do olhar crítico.
É preciso portanto tomar o cuidado para que não se aplique atividades descontextualizadas que visam à mera repetição sem sentido de um modelo observado e propor atividades que realmente intervêm e desencadeiam o processo de aprendizam. Não se pode oferecer rituais de cópia ou propostas de imitações mecânicas e literais de modelos fornecidos por nós adultos. Mas sim oferecer subsídios aos alunos para que possa favorecer o processo de criação deles, tornando a atividade mais significativa e desafiadora, sem estereotipar a expressão do educando.
Fica claro, portanto, que a questão da educação corporal não é de responsabilidade exclusiva da Educação Física, nem da Dança ou da Expressão Corporal.O corpo está em constante desenvolvimento e aprendizado, possibilitar ou impedir o movimento da criança e do adolescente na escola, oferecer ou não a oportunidade de exploração e criação com o corpo, despertar ou reprimir o interesse pela dança no espaço escolar, servir ou não de modelo, de uma forma ou de outra, estaremos educando o corpo. Nós somos o nosso corpo e toda educação é do corpo. A ausência de uma atividade corporal também é uma forma de educação: a educação para o não movimento – educação para a repressão. Em ambas situações, a educação do corpo esta acontecendo. O que diferencia uma atitude da outra é o tipo de indivíduo que estamos formando. Cabe agora a cada um de nos fazer uma reflexão.

Nani

terça-feira, 17 de março de 2009

O Movimento e a Dança na Educação Infantil


O Movimento na Educação Infantil

O movimento é um dos fatores que contribuem com desenvolvimento e com a cultura humana, pois as crianças estão em contato com ele desde que nascem, onde adquirem cada vez mais controle sobre o seu próprio corpo e se apropriam das possibilidades de interação com o mundo em que vivem. A inúmeras possibilidades de movimento (engatinhar, caminhar, manusear objetos, saltar, correr, brincar sozinha ou em grupo) que uma criança pode experimentar possibilita uma linguagem que a permite agir sobre o meio físico e atuar sobre este de maneira significativa.E isto foi percebido pelas pessoas engajadas na Educação Infantil: “a necessidade das atividades de Movimento para as crianças”. No entanto, muitas vezes isto se restringe a brincadeiras nos aparelhos do parque, jogos de correr, brincadeiras livres nos espaços internos e externos da escola e brincadeiras de rua, todas elas permeando o objetivo de recreação: “[...] É importante que o aspecto lúdico seja desenvolvido nas crianças, com a finalidade de recrear-se. Entretanto, os objetivos do componente curricular “Movimento” para a Educação Infantil não podem resumir-se na visão de recreação” (MELLO).
Ao analisar o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, é possivel verificar que o Movimento é, ainda, concebido em uma visão orgânica: “[...] As capacidades de ordem física estão associadas à possibilidade de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, ao auto conhecimento, ao uso do corpo na expressão das emoções, ao deslocamento com segurança. As capacidades cognitivas estão associadas ao desenvolvimento dos recursos para pensar, o uso e apropriação de formas de representação e comunicação envolvendo resolução de problema” (MELLO)
É como se o movimento estivesse relacionado apenas ao corpo, e o pensamento não fizesse parte dele. E isso esta presente nos objetivos de toda a proposta de Educação Infantil, tanto para zero a três anos, como para quatro a seis anos. Entretanto, a Educação Física que vem sendo discutida atualmente, como já fora citado, não tem como único objetivo o desenvolvimento das habilidades e capacidades físicas, ela tem como foco enquanto componente curricular educar a criança para a vida, desenvolvendo habilidades necessárias para a inserção desta criança nos diferentes ambientes da sociedade.
Ainda que os objetivos educacionais apresentados no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998), privilegiem a ampliação das possibilidades expressivas do próprio movimento utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais situações de interação, além da exploração de diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força velocidade, resistência e flexibilidade, ainda assim buscam o desenvolvimento de habilidades e capacidades físicas.
Não basta uma Educação Física sob a visão de apenas movimentar-se, ela tem que ir mais além do desenvolvimento das capacidades físicas.
Segundo Le Boulch, toda a educação pressupõe tomar decisões enquanto á finalidade da ação educativa.O objetivo é favorecer o desenvolvimento de um homem capaz de atuar num mundo em constante transformação por meio de um melhor conhecimento e aceitação de si mesmo, um melhor ajuste de sua conduta e uma verdadeira autonomia e acesso às suas responsabilidades no marco de sua ação social, possibilitando através de sua ação sobre atitudes e movimentos corporais. A Educação pelo Movimento não ocorre isoladamente, mas no homem como um todo, onde este movimento dentro de um contexto seja ele jogo, trabalho, expressão, adquire significado.



A Dança na Educação Infantil
Como pudemos perceber, o movimento é o meio de expressão fundamental das crianças na Educação Infantil, isto porque o espaço entre a emoção e ação é menor quanto mais jovem for a criança. Considerar todas essas dimensões do movimento nos permite uma visão mais ampla para a preparação de atividades, projetos e conteúdos que melhor contemplem o movimento dentro das escolas de Educação Infantil.
No mundo ocidental a “Dança-criativa”, “Dança-educativa” ou “Dança-educação” são modalidades similares na área de Dança no contexto escolar. No Brasil, essa modalidade foi também batizada de “Expressão Corporal”, “Dança-Expressiva” ou até mesmo de ”Método Laban” (Marques)
Então seja a Dança como for chamada, ela permite que a criança se aproprie de seus corpos, possibilitando uma comunicação corporal. Para Laban, a criança tem o impulso inato de realizar movimentos similares a Dança. Esta vontade inata da criança de fazer movimentos do tipo de dança é uma forma inconsciente de extroversão e exercício que a introduz ao mundo da influência de movimento e fortifica suas faculdades espontâneas de expressão.
Portanto, nada mais pertinente que o trabalho de dança seja explorado dentro das escolas de Educação Infantil, uma vez que ela supõe na educação um aprendizado que integra o conhecimento intelectual e a livre expressão do aluno, visando não apenas proporcionar a vivência do corpo e diminuir tensões, mas favorecer a criatividade da criança, onde o trabalho com o seu corpo gere uma maior consciência corporal, para que esta criança possa compreender o que passa consigo e ao seu redor, tornando-a mais espontânea e conseguindo expressar seus desejos de modo mais natural.

sábado, 14 de março de 2009

Aula 2: contando história






A Fada Madrinha e os Bonequinhos de Pau
"Era uma vez no mundo dos pequenos de pau uma casa c muitos bonequinhos... mas o q se obeservava é que eles estavam muito tristes... e sabem o porque? Porque eles não podiam se movimentar e isto os deixavam muito tristes. Mas um dia eis que surge uma Fada, a fada madrinha com sua varinha de condão e resolve realizar todos os sonhos dos lindos bonequinhos. E começa fazendo o primeiro feitiço com sua linda varinha de condão, dando movimentos aos pés e dedos dos bonequinhos, e eles começam a mexer seus pezinhos, em seguida ela faz mais uma feitiço pois percebe que ainda não estavam felizes, e agora é avez das pernas dos bonequinhos, depois o quadrril e o bumbum, a barriga, braços, mãos e dedos , ombros, pescoço e cabeça ahhhhhhhhhh finalmente eles mexem o corpo todo e agora todos muito felizes agradecem a fada madrinha e saeme pulando, dançando, cantando se movimentando por toda casa felizes para sempre!!!" (Nani)


Objetivo: através da historinha, ainda faze-los reconhecer as possibilidades cineticas do corpo, através de movimnetos que o afetam em sua totalidade.

1) Preparar cartazes feitos de cartolina com imagens dos principais acontecimentos da historinha.Crianças sentadas em roda e a professora contando a historia e mostrando os cartazes.

2) Após contar a historinha, pedi a eles pra que deitem no chão e se fingierem de bonecos de pau e olhos fechados,a professora coloca seu chapéu de Fada e pega sua varinha de condão e ao som de uma música bem suave dramatiza a historía juntamente com as crianças, ao final todos dançam em uma música mais alegre.

Boa Aula!!!
Nani

Reflexões de um professor aposentado



Eu ensinei todos eles... Tendo ensinado no ginásio por muitos anos, durante esse tempo, eu lecionei, entre outros, a um assassino, a um evangelista, a um ladrão, a um psicótico e a um pugilista.
O assassino era um meninozinho que sentava no lugar da frente e me olhava com seus olhos muito azuis. O evangelista era o mais popular da escola, era líder dos jogos, entre os mais velhos. O pugilista ficava parado perto da janela e, de vez em quando, soltava uma gargalhada que até fazia tremer os gerânios. O ladrão era um coração alegre, diria libertino, sempre uma canção jocosa em sua boca... O psicótico, um pequenino animal de olhar macio, dócil, sempre procurando as sombras.
Hoje, o assassino espera a morte numa penitenciaria do Estado. O evangelista está enterrado, há um ano no cemitério da vila. O pugilista perdeu a vida numa briga em Hong-Kong. O ladrão, na ponta dos pés, pode ver da prisão, as janelas do meu quarto. O psicótico, de olhar macio e dócil, bate a cabeça na parede forrada de uma cela no asilo municipal.
Eu devo ter sido uma grande ajuda para estes alunos...
Eu lhes ensinei porque se evapora a água, o nome das plantas, a classificação dos animais e uma porção de coisas que eu próprio nunca vi, nem valorizei em que tão pouco acreditava.
John White, Stilwate
High School, Stilwalter, Oklahoma
Extraído do jornal do SIESP

Pensando com o corpo: uma lição de vida!

Em 2005 ano em que eu conclui minha faculdade de Ed Fisica tive que preparar minha monografia, o famoso TCC. E escolhi entre tantos temas a Dança, por ela ja fazer parte da minha vida, trabalho, enfim. Só que não queria fazer apenas uma releitura bibliografica, queria realmente partir pra ação, mas desta vez não com as crianças com as quais eu trabalhava, mas com os professores de sala de uma das escolas em que atuava, isto porque alguns anos de experiencia dentro das escolas pude verificar o quanto estas professores não conheciam seus corpos, sua corporeidade e ao ler um artigo da Professora Mestre Marcia Strazzacappa em A Educação e a Fábrica de Corpos: a Dança na Escola, tive certeza que era isto que iria fazer.
Desenvolvi um projeto com as proefessoras e diretora de 10 meses, em tres etapas:

-Primeira Etapa:m questionário ao qual elas responderam com o objetivo de detectar o conhecimento sobre o tema, assim como as suas dúvidas, opiniões, dificuldades e necessidades, o que dará uma base para a elaboração da próxima etapa. Este questionário foi dissertativo, com 18 perguntas sobre educação física, dança, educação infantil, papel do professor, as professoras responderam em suas casas e seus resultados foram compilados em informações comuns e discrepantes.
-Segunda Etapa: Foram realizados quatro encontros, para que pudéssemos discutir, debater, refletir e opinar sobre as diversas temáticas relacionadas com a dança e também com a dança na educação infantil, para que construíssem novos olhares e saberes, e conseguissem findar seus compromissos educacionais de uma maneira mais transformadora. O último encontro foi uma vivência corporal, na tentativa de fazê-las entender corporalmente este novo pensar.
-Terceira Etapa: E a última etapa foi uma entrevista individual com as professoras para verificar se o presente trabalho contribuiu para um melhor aproveitamento, crescimento e desenvolvimento profissional delas e assim do processo de aprendizagem do aluno.

Após o questionario em mãos com as respostas pude preparar a segunda etapa com tema para cada encontro, temas estes que deram o q falar e quantas coisas juntas descobrimos sobre nossos alunos, sobre a visão que temos deles, dos corpos e mentes deles, do quanto agente sem querer e muitas vezes sabendo, dicotomizamos isto, e principalmente como não entendemos os nossos corpos, a nossa necessidade de movimento e o quanto agente se fecha pro movimento.Mas o mais importante foi vê-las se descobrindo, questionando o corpo, a falta de movimento, a vergonha de se exporem, ja que elas eram de idades muito diferentes (22 á 60anos), realmente posso dizer que foi uam lição de vida pra elas e também pra mim. No último encontro após termos discutindo sobre inúmeras questões que as fizessem redimensionarem suas práticas pedagógicas através da linguagem Dança, foi feito uma aula prática sobre vivenciar a Dança onde elas ali, puderam se soltar, se emocionar, e realmente sentir seus corpos agora não mais como uma coisa separada da mente, mas como um todo, um corpo que fala, pensa, sente e age e que nao tem limite quando o assunto é movimentar.
Na entrevista pude ver o quanto elas aprenderam a entender o movimento e o quanto a Dança é rica para este entendimento, e agora tinham em mãos mais um elemento pra poder fazer de suas aulas algo mais prazeroso, emocionante e de fácil entendimento para as crianças. E com certeza a participação delas nos eventos feitos por mim na escola so aumentaram ese intensificaram, pois perceberam que aquilo lá nao era apenas um passatempo paara as crianças, mas algo que contribuiria para toda vida escolar e pessoal destas crianças...

Espero que tenham gostado!!!
bjs

nani

sexta-feira, 13 de março de 2009

Dança - Educação


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DANÇA- EDUCAÇÃO:um exercício á corporeidade


A dança como educação contempla uma nova proposta de ensino que abrange fundamentos da Dança –Educação e da Dança Educativa Moderna.
Ela não tem como objetivo formar bailarinos, antes disso ela consiste em proporcionar à criança e ao adolescente um contato mais efetivo e intimista com possibilidade de se expressar criativamente através do movimento, aonde ela preparará o corpo da criança e do adolescente a fim de que se exercitem de acordo com suas necessidades, desenvolvendo a destreza, agilidade e a autonomia, estimulando os movimentos espontâneos e a precisão do gesto, sendo indispensável para isso que eles compreendam o que fazem e pôr que fazem, pois o movimento é, antes de tudo, um movimento consciente.
Assim sendo, a Dança se liberta de um academicismo que a torna inacessível à maioria das pessoas mostrando que ela não se resume apenas ao aprendizado de técnicas e estilos, pois abrange um contexto mais elevado do que simples classificações como estas. Isto porque o ser humano dança pôr uma necessidade interior, muito mais próxima do campo subjetivo que do físico e porque seus movimentos constituem formas de expressar os seus sentimentos: desejos, alegrias, pesares, gratidões.
Construindo a corporeidade:
  • Na construção de uma relação de cooperação, respeito, diálogo e valorização das diversas escolhas e possibilidades de interpretação e de criação em Dança que ocorre nas aulas e na sociedade;
  • No aperfeiçoamento da capacidade de discriminação verbal, visual e cinestésica e de preparo corporal adequado em relação às Danças criadas, interpretadas e assistidas;
  • No situar e compreender as relações entre corpo, dança e sociedade;
  • Na ( re)descoberta do movimento como expressão criativa e participativa nos importantes momentos da vida, vivendo o corpo de uma maneira mais satisfatória e gostando de se expressar através dele;
  • Na defesa em favor da Dança- e da Arte-, como um despertar para a responsabilidade dos seres em relação ao próprio corpo, á procura de um melhor modo de viver;
  • Num Dançar brincando, com liberdade e prazer, sem o aprisionamento a técnicas codificadas ou modelos impostos pela mídia;
  • No recobrar da confiança do ser humano que são, devolvendo-lhes a capacidade de se movimentar criativamente, tornando-as mais receptivas ás solicitações exteriores, seja para acolhê-las ou para se defender, tanto melhor será suas respostas
A Dança-Educação não é a arte do espetáculo, é educação através da arte , pois ela dá a oportunidade do contato com o novo, com a criação do novo, do não-experimentado, da não necessidade de um modelo a ser copiado. A imagem, a expressão, os sentimentos que temos são os únicos modelos que precisamos, pois somos modelos daquilo que queremos ser, e, construímos nossas necessidades individuais e sociais a partir das vivências que nos são oferecidas.
Nesse contexto, a Dança-Educação aliada ás demais atividades trará um resgate da própria personalidade dessas meninas, desenvolvendo uma visão mais crítica do mundo em que vivem, e isso não se resume ao campo do intelecto; ao contrário envolverá o ser humano de uma maneira integralizada, tal como foi concebido, sendo decisiva para a formação de cidadãs mais críticas e participativas da sociedade em que vivem.
A Dança é fonte rica e natural de expressão de corporeidade, para demonstrar a plasticidade do corpo e integrar o indivíduo como sujeito e formador desse mundo.
Nani

Projeto Festivais de Final de Ano


A cada ano uma nova ideia, um novo trabalho a se fazer , chegamos em julho de todo ano e começa aquela expectativa pelo tema, algo atual, algo mágico, muita coisa a se pensar... não é apenas escolher um tema, mas este tema tem que além de ser algo que acrescente na vida escolar e pessoal da criança, mas também temos que ter o cuidado em escolher música adequada, figurino, cenário,história, enfim tudo tem que casar na mais perfeita sincronia. Após esta etapa, começam os ensaios, onde dividimos os personagens para as turminhas, pensando sempre no movimento adequado pra aquela determinada faixa etária. São quase cinco meses de preparação, onde as crianças não apenas dançam, interpretam e cantam, mas é o momento onde elas podem realmente colocar tudo que entenderam sobre o movimento e a sua corporeidade em ação. E percebo o quanto isto emocionam elas de uma maneira que a Dança não sairá mais de suas vidas!!!
O objetivo não é o glamour que se pode alcançar com o espetáculo, mas é mais do que isto, é poder levar a eles e todos que participam direta ou indiretamente a uma nova possibilidade de se sentir seus corpos criando movimentos...
Não ofereço coisas prontas aos meus alunos, ofereço caminhos para o encontro do movimento perfeito e sincronizado, e isto é o mais bacana ve-los criar juntamnete comigo.
É mais que uma realização, é a certeza que estou fazendo a coisa certa com amor!


Nani

A Floresta em Festa

Tema de um Festival de Dança que fiz no final do ano em umas das muitas escolas em que ja atuei.

Historinha: A floresta esta em Festa, pois a mae a anatureza finalmente conseguiu fazer com que os seres humanos aprendessem a respeitar a anatureza e todos os bichos da floresta resolveram se reunir para comemorar.

Os primeiros a chegar foram os ursinhos que logo embalaram uma linda canção de ninar:
  • Dança dos ursinhos: turminha maternal I e II,música: Ursinho pimpão
Em seguida chegaram os gatinhos e as gatinhas que com seus lindos miados brincaram e dançaram sem parar:
  • Dança dos Gatinhos: turminha MaternalIII, música: O gato
Mas nesta festa não podia faltar os grilos que fizeram uam serenata linda, pois estavam apaixonados:

  • Dança dos Grilos: alunos do infatil I, música: Serenata dos grilos
E olha só quem também veio para a festa, as lindas borboletas que com as asas coloridas deixavam a floresta ainda mais bonita:

  • Dança das Borboletas: alunas do infantilI, música: A Borboleta
As abelhas rainhas logo se aproximaram trazendo com elas suas abelhinhas filhas

  • Dança das Abelhas: alunas do infantil II e Pré, música: As Abelhas
E eles nao poderiam faltar, os leão, o rei da floresta que com sua garra e coragem deixa a festa ainda mais fantastica

  • Dança dos Leões: alunos do Pré, música: Rei leão
E para festejar todos dançaram alegremente a Dança dos Bichos

  • Dança dos Bichos: todos os alunos
Mas faltava ainda a chegada dela, a Mãe natureza que veio encantar ainda mais a Festa cantando uma linda canção para todos os bichos da floresta.

  • Música Cores do Vento (Tia nani cantou!)

bjos a todos e qualquer duvida é só me chamar!!

Nani

PROJETO PASCOA!













Páscoa é ser capaz de mudar, É partilhar a vida na esperança, É lutar para vencer toda sorte de sofrimento. Páscoa é dizer sim ao amor e à vida, É investir na fraternidade, É lutar por um mundo melhor, É vivenciar a solidariedade. Páscoa é ajudar mais gente a ser gente, É viver em constante libertação, É crer na vida que vencer à morte. Páscoa é renascimento, é recomeço, É uma nova chance pra gente melhorar as coisas que não gostamos em nós. Para sermos mais felizes por conhecermos a nós mesmos mais um pouquinho e vermos que hoje somos melhores do que fomos ontem.

Feliz Páscoa!!!