quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Cristina Camargo

"Acredito que a criança só tem a ganhar fazendo as aulas de baby-class. O sorriso no rosto delas quando chegam na academia ou quando eu chego na escolinha é a prova do quanto elas gostam e do quanto é prazeroso participar das aulas" (Cristina Camargo)

Cristina é formada em Educação Física pela Fundação Educacional São Carlos e tem especialização em Dança Infantil pela Unicamp. Atualmente dá aula em 3 lugares bem distintos entre si: ECAD - Espaço Cultural de Arte e Dança, onde dá aulas de Ballet Clássico para crianças; UP DANCE STUDIO, onde dá aulas de Ballet Clássico para adultos (mulheres adultas que tinham como sonho as aulas de balé) e também Passo a Passo Educação Infantil, onde dá aulas para crianças da pré escola na própria escola. A sua formação em Dança começa desde muito cedo e o aprimoramento se deu através de aulas e cursos com diferentes professores.
O método ao qual Cristina faz suas aulas é basicamente o Método Royal por considera-lo bastante técnico, mas por morar no Rio de Janeiro acabou conhecendo uma maneira mais profunda o Método da Escola Russa (muito usado nas academias do Rio).

Fizemos uma entrevista com a Cristina e lá ela relata um pouco de toda sua experiência como professora, bailarina e mulher!!!



"Acho o Curso de Ballet de uma maneira geral bem caro para o poder aquisitivo da grande maioria dos brasileiros. Desde o custo das sapatilhas até inscrição em festivais e concursos. Tenho alunos de todos os níveis sociais que lutam para conseguir seguir em frente e aí entra a colaboração de toda a sociedade. Nas escolas onde atuo existem alunos bolsistas e exames para novas bolsas são feitos periodicamente, inclusive com grande divulgação em escolas públicas e comunidades.
Existem sim, as crianças selecionadas são levadas para dentro da academia, pois antigamente a ideia era de ter as aulas dentro das escolas e não deu certo, pois a falta de espaço físico prejudicava bastante o projeto.

Sua experiência como professora:



Comecei a fazer aulas de Ballet ainda criança em Araraquara (cidade onde nasci), com 16 anos fiz uma audição para entrar no Grupo Expressão em São Carlos, e a partir daí não parei mais. Muitas aulas, cursos, festivais e tambem a Faculdade. Paralelo as aulas comecei a descobrir em mim um grande interesse e prazer em ensinar e assim comecei também a dar aulas para crianças.
Quanto a idade ideal... ah será que existe? Eu tenho 3 filhos e 2 são meninas, e não as coloquei no ballet muito cedo. Fizeram na escolinha o ballet que era mais uma recreação com música e entraram na academia entre 6 e 7 anos já nas turminhas de preparatório (preliminar). Não queria para elas um baby-class que durasse dos 2 aos 5 anos, que acredito que é o que acontece com a criança que começa muito cedo.
As minhas aulas de baby-class são extremamente lúdicas, gosto de trabalhar com temas, e fazer com que a criança conheça e reconheça diferentes sons, ritmos. Acredito que a criança aprende primeiro a gostar da dança antes de entrar na técnica propriamente dita.

A importãncia da Dança para o desenvolvimento motor da criança



Extremamente importante a contribuição que a Dança trás para o desenvolvimento motor e cognitivo da criança! A criança brincando, cantando e também dançando se desenvolve de uma maneira plena e completa. Esse desenvolvimento se dá através de brincadeiras, jogos e diferentes materiais são usados como coadjuvantes.Tudo isso é o lúdico dentro da aula que também conta muito com a criatividade de cada professor.
Agora vou falar por mim e pelo que eu acredito dentro de uma sala com crianças... essas são as noções básicas do desenvolvimento e tem que estar presente em todas as aulas.
Reforço a importância da criatividade de cada professor e para isso tenho uma estória que me deixou muito feliz: dou aulas de ballet fazem 25 anos e tenho alunas que foram do baby e hoje já são mães. Algumas reencontrei através das redes sociais e outro dia uma delas me disse que ensinava sua filhinha de 2 anos com a mesma musiquinha dos bracinhos que eu ensinei e ela lembrava tão bem. Ela filmou a filha e me mandou o vídeo... pura emoção! Música, estorinhas e teatrinhos fazem parte do ensino e iniciação à técnica e se forem prazerosos ficam guardados para sempre na memória.

Movimento Perfeito Sim ou Não?



O que é o movimento perfeito nesta idade??? A partir do momento que a criança tire de dentro de si o movimento com prazer e diversão ele é o perfeito para ela e para mim, ressaltando o cuidado para não se machucarem; a técnica vem com o tempo.
Por isto se faz de extrema importância o professor fazer a faculdade e aprender como planejar as aulas, como ministrar essas aulas. O que acontece em muitas academias são as alunas mais adiantadas darem aulas para baby class, e aí esse conhecimento fica comprometido.
No princípio podem ser até copiados, mas o professor deve levar a criança a descobrir seus próprios movimentos, respeitando a individualidade de cada criança.
Procuro mostrar para as mães que só o fato delas estarem participando já é de grande mérito e jamais forcei qualquer criança que não queira a fazer o que estava programado, nem que para isso tenha que ficar com ela no colo (como muitas vezes já fiquei com duas ou três). Faço em minhas aulas a cada dois meses uma aula pública com a participação das mães, exercícios e brincadeiras em conjunto, e tem dado um excelente resultado.
Como disse, jamais forço uma criança a entrar no palco ou se apresentar em sala sem que ela queira. Converso bastante e já aconteceu de eu ter que eu entrar junto para que a criança faça tudo. A presença da professora ao lado dela dá mais segurança.
É uma situação realmente difícil. Eu sempre digo e reforço que dança é para todos, mas na verdade são os próprios alunos que nem sempre acreditam nisso. Nas aulas para adultos não tenho tantos problemas pois para elas é a realização de um sonho de infância e talvez pela maturidade o físico é menos importante que o prazer de dançar. Para crianças é muito importante que o professor ressalte que cada passo conquistado é uma vitória, elevando a auto-estima de cada um.

Festivais de Final de Ano:



Acima de qualquer coisa, é um estímulo para alunos e professores, além de ser uma maneira de mostrar o progresso que as alunas fizeram durante o ano para seus pais. O ambiente de teatro e bastidores, figurino, maquiagens... são momentos únicos e cheios de felicidade para elas.


Obrigada Cristina pelo carinho com o nosso Blog e a disponibilidade de tempo em nos conceder esta matéria!!!Sucesso sempre!!!

Bjosss

Nani Chefaly e Equipe Fazendo Dança na Escola



domingo, 14 de agosto de 2011

Sorteio de Aniversário do Blog : Cd duplo Fazendo Dança na Escola



No mês de setembro o Blog Fazendo Dança na Escola completará 3 anos!!! E quem ganha é você!!!

Sortearemos o Cd Duplo As Melhores do Fazendo Dança na Escola no dia 01/09/2011. São 41 músicas para trabalhar a descoberta do corpo com a criançada!!! E o frete é por nossa conta!!!

Para participar basta seguir publicamente o Blog:
www.fazendodancanaescola.b​logspot.com e aceitar participar do sorteio.

Ainda tem mais algumas chances de você levar o Cd pra casa:

Ser nosso amigo no facebook: http://www.facebook.com/pr​ofile.php?id=1000023961251​21

E quanto mais amigos você convidar mais chances de ganhar!!!

E as suas chances dobram quanto mais comentários você fizer aqui com a seguinte frase: Eu quero ganhar o Cd Fazendo Dança na Escola!!!e justificar o porque você quer ganhar!!!

O sorteio será dia 01/09/2011, dia do Educador Físico e também do Bailarino e ainda nosso aniversário de 3 anos!!!

O sorteio será feito pelo random.com e a divulgação sairá no dia 02/09/2011

Boa Sorte a todos!!!!

sábado, 13 de agosto de 2011

Festival Um Sonho na Disney

Em dezembro teremos nosso Festival Um Sonho na Disney, que contará a história de um garotinha que tem um grande sonho fazer parte dos personagens da Disney... e num dia de sonhos e fantasias a pequena garotinha irá conhecer e poder estar pertinho de todos os seus personagens queridos e vivendo com eles suas aventuras...
Venham sonhar com agente!!!





















quinta-feira, 11 de agosto de 2011

“Benefícios do Tap” by Paula Bono




Além de arte e profissão, o tap é bastante procurado por pessoas que sofrem com o stress da vida moderna. Não há preconceitos com o sexo do praticante, bem como com sua idade, mas em geral, as escolas aceitam os “pequenos” a partir dos oito anos de idade.
Nesta fase, as estruturas corpóreas já estão praticamente formadas.
Após a iniciação, essa dança passa a exigir muito da coluna vertebral, joelhos e tornozelos, por isso, é fundamental que o professor utilize parte de sua aula com um alongamento específico.
O tap pode trazer alguns desses benefícios:
-Consciência corporal (a descoberta do corpo, sua postura e, equilíbrio).
-Desenvolvimento do tempo, espaço e direção do corpo.
-Coordenação motora.
-Ritmo e musicalidade.
-Agilidade no raciocínio (devido à grande concentração exigida e, do número passos a serem memorizados, o tap é um grande exercício para um raciocínio ágil).
-Desenvolvimento cardiorespiratório (há uma grande oxigenação do sangue, pois se trata de uma atividade aeróbia);
-Desenvolvimento muscular (quadríceps femural, posteriores da coxa, tibial, gastrocnêmio e glúteos).
Bem...
O que você está esperando?
Pernas pra que te quero e vamos sapatear...

Um abraço! Paula Bono.



Frase do mês:
“Para que o mal triunfe, basta apenas que os bons não façam nada...”
(Edmund Burke).
Obrigada Querida Paula!!!
Beijão e Sucesso Sempre!!!

Nani Chefaly

Grupo Street Boys de São Carlos trás o terceiro lugar do Festival de Dança de Joinville 2011

O grupo Street Boys se apresentou na quinta-feira (28), nos palcos abertos; e na sexta-feira (29), durante a mostra competitiva, a coreografia “Chaplin Emotions”. E trouxe pra casa o terceiro lugar!!!

Criada em conjunto há mais de três anos pelo grupo, a coreografia une técnicas de balé contemporâneo, teatro e dança de rua. “Buscamos nas expressões de Chaplin e em cenas do cinema mudo a inspiração para desenvolver os movimentos”, explica Ana Magda Sakadauskas, diretora da companhia.

O grupo, que este ano conquistou prêmios no Salto Fest Dance, no Eco Dança, de Limeira, e no Festival de Dança de Jundiaí, foi selecionado logo na primeira tentativa de participar do festival de Joinville, considerado o mais importante da categoria no País. Na TV, Washington de Jesus, Willian de Jesus, Talita dos Santos, Johnny Antonio, Rafael Willian Silva dos Santos e o fundador, José Maria Martins Góes, não tiveram a mesma sorte e foram barrados com um voto negativo do coreógrafo João Wlamir no programa “Se Ela Dança, eu Danço”.

Curiosamente, Wlamir faz parte da comissão responsável pela seleção dos grupos que se apresentam este ano no festival. “Esperei o tempo que achei necessário para que a coreografia estivesse amadurecida o suficiente para competir em Joinville. O Jarbas Homem de Melo (coreógrafo e ator) elogiou muito a nossa apresentação durante o programa e ele é um dos jurados do festival este ano. Estamos confiantes”, diz a diretora.

Ativos nas causas sociais, todos os integrantes dedicam o fim de semana a aulas gratuitas e juntos atendem mais de 100 crianças carentes. No ano passado, eles criaram a ONG “Reage Brasil” com o intuito de conseguir apoio para uma causa pela qual lutam praticamente sozinhos.

Para a viagem de Joinville, o grupo conseguiu uma Van cedida pela prefeitura e agasalho, doados por um vereador, que levam o nome da cidade. Contudo, o alojamento onde os dançarinos se hospedam até o fim do festival foi pago com o dinheiro do próprio bolso. “Fizemos uma vaquinha para pagar, mas ainda estamos procurando patrocínio para cobrir esse gasto que tivemos e para a alimentação.”

Há 12 anos no grupo, o jovem Rafael Willian Silva dos Santos, de 25 anos, encontrou no Street Boys uma família. Atualmente ele mora com o casal Ana Magda e José Maria e trabalha na academia Studium Escola de Artes e Dança, fundada pelo grupo há um ano, onde são ministradas aulas de axé, forró, balé e dança de salão, entre outras. “Ainda não virou uma profissão rentável porque é uma luta para manter a academia só com o dinheiro das aulas, mas estamos mandando propostas para que a escola se torne um ponto de cultura e para que possamos trazer as crianças para cá também durante a semana”, explica Rafael.


Fonte: http://eptv.globo.com/mobile




















Parabéns ao Grupo, coreógrafos e ao trabalho na Ong Reage Brasil: Movimento Reage Brasil Reage!!! Levando a Dança da nossa cidade para o Brasil conhecer!!!


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Superação...

(Gilbert D'Assis)

Hoje recebemos um texto sobre a história de superação de um dos nossos queridos e grande bailarino Gilbert D'Assis e vamos dividi-la com vocês seguidores queridos esta história linda de coragem, de humildade, e mais que tudo força de vontade para nunca desistir de um sonho!!!
Sim você é um vencedor!!!

Por Gilbert D'Assis:

Foi no mês de Junho durante uma semana inteira deste mês eu me apresentaria no Centro Cultural de SP.


Um mês antes eu recebi uma ligação do então diretor artistico Sr.Marco Bragato para dançar no evento de Dança Clássica que aconteceria.
Fui no dia marcado para passar por uma banca na qual faziam parte nomes importantes da Dança nacional, tais como, Dona Tochie, Aracy de Almeida e etc...
Bem, me lembro ter feito uma variaçõa de Basílio (Don Quixote) III ato. E como eu não tinha uma partner, mandaram buscar Vanessa Duarte (um dos grandes talentos da Dança Nacional), ao chegar ensaiamos meia hora e juntos mostramos um pas de deux com eximia qualidade artística e técnica. Aprovados, começamos a ensaiar na Especial Academia de Ballet até a apresentação no CCSP.

Nós fomos incubidos de três apresentações, fizemos a primeira numa segunda-feira, a segunda apresentação na quarta-feira, dançamos o Adágio com tamanha maestria e interpretação, foi realmente mágico, fiz uma variação que dentro das minhas condições atingi a plenitude técnica, me lembro que Vanessa fez a variação e foi amplamente ovacionada.....
A coda final, o público aguardava minha entrada, eu me sentia bem e com tudo sobre controle força e energia que estavam estampados em meus olhos, sentia que aquela noite seria especial em minha vida, e eu sabia disto! Mas não fazia idéia do quanto eu estava certo.

Me coloquei na diagonal para fazer o primeiro salto na diagonal um grad cabriolle duplo... e assim ataquei o passo com toda energia necessária e um pouco mais, subi como um pássaro, ao meu pé de base tocar o chão e com um pequeno desalinhamento (crei eu) que meu joelho direito se encontrava, ao peso sobrecair na minha base rompeu-se meu ligamento cruzado anterior...... Splash!!!

Fui ao chão, e ali tudo que a Dança representava para mim naquele momento, tudo que eu achava que era se esvaiu como uma pragana levada pelo vento, poética e triste, fiquei por 5 segundos, que pareceram eternizados por sons de espanto e aplauso vindo de algum lugar, pois dentro de mim eu me escondera de minha tragédia. Me apequenei tanto que ao me levantar e tentar apoiar o pé no chão percebi por meio da dor intensa que algo sério havia acontecido. Um rapaz tentara me ajudar a sair, eu o empedi e disse: "Entrei aqui sozinho e sozinho sairei. Assim fui pulando até a lateral do palco, veio até a mim vários curiosos e supostos ajudadores, eu em estado de torpor não entendia ninguém pois minha mente ficava vagando pela minha tragetória até ali... Senti que era muito cedo, e que eu havia errado em várias coisas para que aquilo acontecesse.

Um artísta bailarino precisa de descanso suficiente, dormir o suficiente, se alimentar com qualidade o suficiente, não fumar, não beber exageradamente, ter o conceito correto sobre sí mesmo, saber e tratar o outro como sendo mais importante que eu.

Fui parar num PS, fui mal tratado e estava sozinho, todos os que me aclamavam e diziam me amar, sumiram.

Está história a princípio parece ser triste, mas o fim se mostrou muito recompensador. Sou o que sou por eu ter sobrevivido e aprendido a superar minhas quedas.

Depois de um ano e seis meses, dancei brilhantemente o Grad Pas de Deux de O Corsário em Campos no estado do Rio de Janeiro, no Teatro Trianon. I WILL BE BACK!

Agradeço a oportunidade de contar um pouco mais sobre minhas experiências, em breve estarei contando outras tragetórias DE UM VENCEDOR!!!

Obrigado Nani, de coração.

Atenciosamente Gilbert D'Assis.

Querido Gil obrigada você por dividir este momento de sua vida conosco e consequêntemente com tantos outros jovens bailarinos que se deparam com tantas dificuldades e quantas não são ás vezes que as portas se fecham e agente desacredita por um motivo ou outro que é a hora de parar... e de repente vem a vida e muda tudo de novo!!!

Um enorme beijo pra você!!!

Nani e Equipe Fazendo Dança na Escola

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Thelma Chan: por e pela Música




Nascida em São Paulo, em 23 de novembro de 1953. Aos cinco anos de idade sua mãe a matriculou na escola de ballet, mas a professora era chata e ela não quis ficar: "Então você vai aprender piano", resolveu a mãe de Thelma que queria que ela tivesse um "algo mais". E lá foi ela. E por sorte a professora era muito legal!!! E aos 12 anos foi para o Conservatório e desde então não parou mais de fazer música!!!
Ministrou aulas em várias escolas regulares e consertvatórios em São Paulo. E em
1975 na Capital Federal, viu pela primeira vez crianças integrando uma orquestra de verdade!! E se apaixonou!
Como regente de corais adultos desenvolveu trabalhos em diversas empresas e faculdades de São Paulo. O trabalho de maior expressão nessa área, porém, foi o Grupo Cantolivre, que venceu o 8o Concurso Nacional de Corais do Rio de Janeiro.
Mas foi em 1982, que Thelma ingressou na Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA) onde iniciou a área Coral Infantil. Por meio desse trabalho, ela acabou levando, pela primeira vez na história da Escola, as mães às salas de aula, com o Coral de Mães.

"DURANTE SETE ANOS DE MINHA CARREIRA A EMIA FOI INSPIRAÇÃO E POSSIBILIDADE DE FAZER. ALI NASCERAM MINHAS PRIMEIRAS COMPOSIÇÕES E FORAM OS CORAIS INFANTIS DA EMIA QUE GRAVARAM MEUS PRIMEIROS TRABALHOS"

Com o apoio da EMIA Thelma conseguiu realizar em 1983 o I Encontro de Corais Infantis, buscando integrar crianças cantoras e regentes, e povoar o universo musical da cidade com os corais infantis, até então bem poucos e com poucas oportunidades de se apresentarem. A evolução desses Encontros a levou a criar o NUCI, Núcleo de Corais Infantis, através do qual Thelma inicia o trabalho de reciclagem e formação de regentes.
Com enorme sucesso ela funda em 1984,a ARCI, a Associação de Regentes de Corais Infantis, a qual presidi por sete anos. Hoje, presidida por ANA MARIA PREMERO, a ARCI representa papel importante no cenário dos regentes de corais infantis e infanto-juvenis de todo o Brasil.
Com os músicos Kiko Carbone (bateria) e Thelmo Cruz (teclado), e ela como cantora e compositora cria o espetáculo Thelma Chan e os Caras de Pau, um show com músicas especialmente escritas para crianças. Por dois anos esse grupo atuou 52 vezes, em importantes centros de cultura na Capital e Interior de São Paulo, e em várias unidades do SESC.
De 1995 a 1997 exerce o cargo de Assessora de Música da Fundação Cultural de Jacareí e a direção da Oficina de Artes Santa Helena. Essa atividade trouxe resultados significativos na área musical do município porque a comunidade passou a ter acesso a oficinas das mais variadas expressões musicais, desde Coral infantil até
uma Escola de Samba Mirim, além de aulas de instrumentos de sopro e percussão, percepção musical, regência, Big Band, entre outras. Dança Brasileira, Capoeira, Catira, foram as oficinas voltadas para o Folclore Brasileiro. Os músicos da cidade também ganharam destaque em projetos como o SOM DA CIDADE, onde bandas locais se apresentavam em diferentes bairros; PRATA DA CASA, com instrumentistas e cantores, em clima de bar; ENCONTRO DE VIOLAS, que integrou os grupos de Catira e Violeiros da região.
Atuou ainda como cantora e produtora nesse período e realizei espetáculos que integraram atores e músicos de Jacareí, como FEMININA e JOSÉ MARIA DE ABREU
careí, como FEMININA e JOSÉ MARIA DE ABREU.
Em 2000 ela assume a regência do primeiro grupo vocal infantil do projeto Orquestra e Coral Jovem Baccarelli - projeto social que desde 1996 se empenhava no resgate de cidadania de jovens carentes por meio do ensino de Música. A iniciativa do maestro Silvio Baccarelli surgiu após assistir pela TV o incêndio na comunidade de Heliópolis. Durante 2 anos me dediquei à iniciação musical de 60 crianças selecionadas entre 2000 candidatos.
Em 2002, com a proposta de ministrar oficinas para professores de escolas de Ensino Regular e de Música, começou a viajar por todo o Brasile em cada estado pode adquirir novos conhecimentos sobre a cultura de nosso país, o que só colaborou para ampliar seu repertório de sons, paisagens, cores e sabores, aguçando os sentidos para transformar tudo em canções.
Com mais de vinte anos de carreira como compositora, Thelma foi acumlando diversas obras, entre livros e canções. Desde 1987 escrevi músicas para crianças que falavam de higiene, respeito, características do Brasil e de outros países, e muitos outros assuntos que educam de forma divertida.
CORALITO, de 1987, nasceu de meu primeiro contato com as crianças da EMIA.Não encontrando material brasileiro para coral infantil, Thelma enveredeou pela aventura de compor. As crianças gostaram e não parou mais. A Fermata do Brasil foi a primeira editora que acreditou no seu trabalho e produziu esse primeiro livro/CD que até hoje é muito utilizado nas escolas de todo o Brasil.
Mas Thelma foi ganhando cada vez mais espaço e depois de viajar por grande parte do país com oficinas a professores de escolas regulares, de Música e regentes, foi convidada em 2002, para reger os corais infantil e juvenil, e dirigir oficinas a regentes do FESTIVAL GAUDEAMUS DE CANTO CORAL em Caracas, Venezuela.
E em agosto de 2005 embarcou para a Flórida, EUA, onde ministrou aulas e oficinas a crianças da Florida Atlantic University e da Music Makers School, além de comandar o programa Almanaque – música e cultura -, na Rádio Brasil FM, em Deerfield Beach.
Pouco antes de retornar ao Brasil, integrou o grupo de 110 professores que se reuniu na Appallachian University, em Boone, Carolina do Norte, para vivenciar o fazer musical em oficinas com mestres de diversos estados daquele país.
De volta ao Brasil, apresentou-se com o tecladista Thelmo Cruz o workshow Pra Brincar de Cantar, com composições dela e outras canções do Folclore Brasileiro para 700 crianças das Escolas Municipais de Diadema – SP, em outubro de 2006
Desde 2000 suas canções integram os livros de Educação Infantil do Sistema ANGLO de Ensino, escritos pelas psico-pedagogas Maria Célia Assumpção e Heimar. À partir de 2007, porém, passou a integrar o grupo de autores que ministram cursos e oficinas para as escolas parceiras em todo Brasil. Em 2007 compôs também as 20 canções, para o CD AS AVENTURAS DA TURMA DE LUAN, para a Educação Infantil, primeiro e segundo anos. Inspiradas no conteúdo dos livros, as canções são apresentadas pela Turma do Luan, que nos livros levam o conteúdo a mais de 10000 crianças.
Em 2007 passou a integrar o corpo de professores da Faculdade Mozarteum de São Paulo, como regente dos Corais FAMOSP e da Educação Artística, além de professora das cadeiras de Prosódia, Música para a Pedagogia e Ritmos Brasileiros para o Bacharelado. Pura diversão, segundo Thelma.
Á partir de agosto de 2007, assumi a regência de dois grupos dos centros comunitários do Centro Social Bom Parto. Gerido pela Arquidiocese do Belém, Zona Leste de São Paulo, esse Projeto atende 7000 crianças, em 57 centros comunitários, 2500 famílias, além de idosos e jovens em liberdade vigiada. Inicia assim, em 2008 o terceiro grupo, o do centro comunitário Perseverança, em Sapopemba. (Fonte: http://www.thelmachan.com.br/)

E quem pensa que acabou por aí... engana-se... Thelma não parou mais porque para ela:

"A Música é tudo! E toda minha vida foi e é por e pela Música!!!" (Thelma Chan)

Apresento a vocês ela: Thelma Chan... e uma entrevista mais que especial para nós do Fazendo Dança na Escola



(Nani Chefaly) Com que a idade a música passou a fazer parte da sua vida? Comente como isto ocorreu.

(Thelma Chan)
Hoje percebo que a Música faz parte de minha vida desde que eu me entendo por gente, pois, além de ter ganhado um pianinho e castanholas em tenra idade, minha tia vivia me recitando “Rei, Capitão, Soldado, Ladrão, Moço bonito do meu coração”, enquanto tocava os botões de minha roupa, a palavra que caísse no último botão, indicava com quem eu iria me casar! Eu adorava essa e outras parlendas como aquela “Cadê o toucinho que estava aqui? O gato comeu...” etc., que culmina com cosquinhas embaixo do braço – essa era o máximo! E o Serra- Serra serrador? Essa era com meu avô que também cantava cançõezinhas de Portugal e contava estórias que eu amava ouvir. Então, acho que foi isso, né?

(Nani Chefaly) Já sabemos que sua família esteve sempre envolvida com Música, o que significa a Música na sua vida?

(Thelma Chan)A Música é tudo! Toda minha vida foi e é por e pela Música.

(Nani Chefaly)Quais são as suas influências musicais?

(Thelma Chan)
Inda outro dia percebi que, depois de minha própria família, um dos primeiros que fez querer fazer o que ele fazia foi o Wilson Simonal, imagine! Eu a- ma- va assistir na TV preto e branco, aquele cantor que fazia a plateia cantar! Eu ficava encantada... Virei regente, né? Daí vieram todos os clássicos da minha formação desde o Conservatório; nessa área meus prediletos são Bach, Scarlatti, Handel, Mozart, Beethoven, Ravel, são muitos. E os brasileiros Camargo Guarnieri e Oswaldo Lacerda.
Na Música Popular , Chico Buarque, Caetano e Gil e agora o Zeca Baleiro, mas houve muitos mais, imagine... Tudo o ouvi!

(Nani Chefaly)
Você toca quais instrumentos?

(Thelma Chan)
O principal é Piano, que uso principalmente pras minhas composições, depois vem a flauta doce e um pouco de violão, mas o que mais me entusiasma são os instrumentos de percussão ; daí toco caixa, tamborim e todos os pequenos.

(Nani Chefaly)Por que a criança sempre foi seu foco para a construção dos seus trabalhos?

(Thelma Chan)Vinda da atuação com corais adultos, cheguei às crianças meio que por acaso. O fato é que eu consegui um emprego na Escola Municipal de Iniciação Artística como professora de Musicalização. A EMIA, no entanto, não tinha corais. O mais rápido que consegui escapei de dar quaisquer aulas que não fossem relativas ao canto coral! Então, comecei a procurar material para trabalhar com as crianças e não achava nada... O jeito foi começar a compor e aconteceu da criançada se identificar comigo. Pronto! Desde 1987 que me dedico só às crianças e aos professores de crianças;

(Nani Chefaly)
Você acredita que a Música colabora para o desenvolvimento global da criança?

(Thelma Chan)
Não só acredito como acho que eu mesma sou prova do que a Música pode fazer. Música envolve ritmo e som, tudo o que o ser humano tem dentro de si próprio. É como se houvesse a semente ali, parte daquele corpo, daquele raciocínio; quando a semente é devidamente cuidada, nasce a maravilha: crianças afinadas, mais seguras de si, com coordenação motora, lateralidade, expressividade, enfim.

(Nani Chefaly)
Nós do Fazendo Dança na Escola nos apoiamos muito nas suas músicas para desenvolvermos projetos sobre o Corpo na Educação Infantil e primeiros anos do ensino Fundamental, como você enxerga isto?

(Thelma Chan)Da melhor forma possível, pois me trabalho vem se desenvolvendo no sentido da integração corpo/voz desde finais dos 80. Amo a dança e considero que um músico tem que saber dançar alguma coisa, nem que seja dança circular! Já estou trabalhando com mais duas professoras de ballet no sentido de compor canções para crianças dançar. Querem entrar nessa também?

(Nani Chefaly)Sinto que umas das suas inspirações é a criança e este universo rico em que ela vive, em uma de suas entrevista s você diz que não toca em seus Cds nada que não te emocione, o que te emociona afinal?

(Thelma Chan)
Muita coisa me emociona... Desde uma lua cheia ... Dourada, até ver uma mãe recebendo a filha que vinha provavelmente de um intercâmbio... Cheguei a marejar os olhos... Agora o que não me emociona é ouvir música de má qualidade, com letra pior ainda atravessar a goela de uma criança. Meu contador disse que ensina o filho de um ano e meio a dançar o tchan... Ok, vou mandar um dos meus cds pra lá urgentemente!

(Nani Chefaly)
Em sua opinião a Educação Musical deveria fazer parte da grade curricular das escolas assim como as demais disciplinas? Por quê?

(Thelma Chan)Bem, já existe uma lei para isso. O fato é que essa lei está sendo compreendida de maneiras diferentes e parece que nada vai mudar nas escolas... Infelizmente... Se considero a Música parte fundamental na formação de uma criança, e se tive eu Música na minha Educação desde o primário até o curso chamado Normal – para ser professora – não entendo a Educação sem a Música! Sem o canto, sem o ritmo, sem os jogos musicais, enfim, sem a vivência dos elementos da Música que tantos benefícios trazem, desde físicos até psicológicos.

(Nani Chefaly)Sabendo que a fase da Educação Infantil é a fase em que a criança mais absorve conhecimento para formação de sua personalidade, você acredita que esta também seria a melhor fase para uma iniciação musical?

(Thelma Chan)Sem dúvida. Desde bebê a Música pode ser vivenciada de maneira dirigida, mas é a partir dos 4, 5 anos que a criança passa a poder compreender melhor as propostas. E que a Iniciação seja dada de forma lúdica, interessante, coerente e sensível.

(Nani Chefaly) Já tive a oportunidade de fazer parte de um Grupo Vocal de Vozes Femininas em minha cidade, onde era a solista do grupo, e também trabalhar como auxiliar nas aulas de Canto para crianças. Em que consiste exatamente o seu trabalho com Coral Infantil?

(Thelma Chan)
Atualmente não tenho corais fixos para trabalhar devido às minhas viagens e a preparação das oficinas não me permitirem mais... Porém, ter um coral infantil nas mãos, é ter a oportunidade de desvendar talentos, pessoas, relacionamentos, oportunidade para dar parâmetros, Cultura e Educação, sem contar com a carga emocional que envolve o grupo e que 0 faz ser um ponto de apoio, de realização pessoal em qualquer idade.

(Nani Chefaly) Qual a diferença entre trabalhar com vozes infantis e vozes de adultos?

(Thelma Chan)Basicamente o repertório e a forma de dizer as coisas.

(Nani Chefaly)Qual é o maior desafio de trabalhar com crianças?

(Thelma Chan) Mantê-las interessadas em você e no que você faz com elas.

(Nani Chefaly)
O que você acha da Dança como um segmento de Educação para a criança na sua infância?

(Thelma Chan)Sem dúvida, mas sempre notando-se a ludicidade, o senso, a consciência de que a dança que vem de dentro pra fora deve ser uma dança que a criança entenda, assim como quando ela canta tem que entender o que canta, para fazê-lo com verdade e envolvimento e não como um papagainho...

(Nani Chefaly)Que relação você faz entre a Música e a Dança enquanto linguagem educativa?

(Thelma Chan)
As duas desenvolvem a criança como um todo, proporcionando equilíbrio físico e psicológico, possibilidades de autoconhecimento e autoconfiança. Usa-se rudimentos de dança para ensinar Música, usa-se a Música para dançar.

(Nani Chefaly)Você já pensou em fazer algum trabalho diretamente ligado a Dança para crianças?

(Thelma Chan)Como eu disse antes, esse projeto deve ser o próximo. Volto a convidá-la a participar dele.

(Nani Chefaly)Fale-nos um pouco sobre suas obras e seus materiais pedagógicos.

(Thelma Chan)Ano que vem alcanço as bodas de prata como compositora. São mais de 200 canções infantis cantadas por todo país e fora dele. Acho que consegui chegar ao coração das crianças, reconhece-las, saber do que elas precisam para expressarem seus sentimentos. Em cada canção vai um pouco de mim. Amo as crianças e elas me amam, portanto meus materiais funcionam para as professoras que trabalham com essas crianças.
Coralito,
Dos Pés à Cabeça,
Um Conto que Virou Canto,
Che Ro Momaiteí, Brasil!
Que Delícia
Pra Ganhar Beijo
As Aventuras da Turma de Luan
Os Segredos da Casa de Brinquedo
Esse aliás, dá um ótimo espetáculo de dança!

(Nani Chefaly)A forma como você aborda o corpo em forma de Música é muito interessante, tive a oportunidade de vivenciar isso na prática quando em uma de minhas aulas usei a música “olha eu aqui” onde você cita as partes íntimas do corpo e fala a palavra sexo o que acaba chamando muito a atenção da criança por considerar esta palavra e também o seu próprio sexo como algo “sujo” que não pode ser falado, tocado. O que você acha disto quando a mídia de uma forma geral banaliza o corpo em muitas músicas as quais a criança tem contato direto pelos meios de comunicação?

(Thelma Chan)Pois é... Tem Escola que até censura essa canção que se chama Olha Eu Aqui! A canção aborda o assunto como ele é, ou seja, se há , houve e haverá sexo, a Humanidade persiste, se não, não! Ora, eu só existo porque meus antepassados praticaram atos sexuais! Ou não? Se meu avô não tivesse transado com a minha avó eu não estaria aqui! Então, negar isso é negar a própria existência e aí a coisa complica! Por outro lado, crianças vivem sacudindo a bundinha em canções completamente inadequadas com o apoio dos pais! A batalha é dura, mas estou tranquila por fazer a minha parte.

(Nani Chefaly)Certa vez, a mãe de uma aluna mandou-me uma carta criticando a apresentação da filha por eu ter usado uma música da Xuxa, alegando que ela evitava este tipo de contato com a mídia por isto não acrescentar nada na vida da menina. Você acredita que evitar este contato é anular a criança da realidade e da cultura popular do nosso país?

(Thelma Chan)Nesse caso, concordo com a mãe. Utilizar músicas que estão na mídia descartável na Educação é, como eu sempre digo, “chover no molhado”! Educadores têm a missão de enriquecer o conteúdo de cada criança que passar pela sua mão, mostrando um mundo novo, e não repetir o que ela já sabe. Música da Xuxa ela dança na festinha de aniversário do amiguinho!

(Nani Chefaly)Deixe-nos uma mensagem sobre o que você acha sobre esta nossa iniciativa de Fazer a Dança na Escola realmente acontecer para o desenvolvimento da corporeidade da criança.

(Thelma Chan)Acho maravilhoso, um objetivo nobre. Cada um só dá o que tem, então é preciso talento, vontade, capacidade e muito amor para realizar esse trabalho de formação. Só posso torcer para que vocês sigam cada vez mais conscientes da importância de tudo isso e nunca desistam!


Thelma Querida obrigadíssimo pela entrevista concedida e principalmente pela generosidade, carinho e disposição de tempo e atenção para com nosso trabalho!!!
E quanto ao convite de trabalhar junto no seu próximo trabalho só posso dizer com a maior satisfação e "hiper" envaidecida que SIM!!! No que puder colaborar estarei eu e as meninas do Fazendo Dança na Escola dispostas a arregassar as mangas e seguir nisto com você!!!

Enorme beijo e obrigada mais uma vez!!!

Nani Chefaly e Equipe Fazendo Dança na Escola


domingo, 7 de agosto de 2011

Como surgiu a Comemoração do Dia das Mães e o Dia dos Pais?




A origem do Dia das Mães


A mais antiga comemoração dos dias das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.

O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.

Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".

Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças se lembrassem e homenageassem suas mães. A idéia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.

Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock, incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele estado. Rapidamente, outros estados norte-americanos aderiram à comemoração.

Finalmente, em 1914, o então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.

"Não criei o dia das mães para ter lucro"

O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse uma dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Nesta mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.

Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das mães. Na maioria das ocasiões, utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem freqüentemente o amor que recebem de suas mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.

Cravos: símbolo da maternidade

Durante a primeira missa das mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.

No Brasil:

O primeiro Dia das Mães brasileiro foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica. (Fonte:- Pesquisa de Daniela Bertocchi Seawright para o site Terra,
http://www.terra.com.br/diadasmaes/odia.htm
Fontes / Imagens:
· Norman F. Kendall, Mothers Day, A History of its Founding and its Founder, 1937.
· Main Street Mom
· West Virginia Oficial Site

- O Guia dos Curiosos - Marcelo Duarte. Cia da Letras, S.P., 1995.
- Revista Vtrine - artigo - Abril, S.P., 1999 )



A Origem do Dia dos Pais

Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.

Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.

Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos.

A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).

No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.

Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.

Em outros países

Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.

Na Itália, Espanha e Portugal, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.

Reino Unido - No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem os pais com cartões, e não com presentes.

Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e presentes.

Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o Dia dos Pais em 21 de junho.

Portugal - A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é comercialmente interessante. Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração.

Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares, porque ainda é considerada uma data mais comercial.

Alemanha - Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta e fazer piquenique.

Paraguai - A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões em família e presentes.

Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para eles.

Austrália- A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.

África do Sul - A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.

Rússia - Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, chamada de "o dia do defensor da pátria" (Den Zaschitnika Otetchestva).

Independente do seu lado comercial, é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um simples "Obrigado Papai" ! (Fonte:O Guia dos Curiosos - Marcelo Duarte. Cia da Letras, S.P., 1995.
Sites:
http://www.pratofeito.com.br/pages.php?recid=2315
http://www.virtual.epm.br/uati/corpo/dia_pais.htm
http://educaterra.terra.com.br/almanaque/datas/pai.htm)